Castração por injeção pode ser alternativa para reduzir superpopulação de cães

Isto remete à questão dos maus tratos e abandono de animais que vem ganhando cada vez mais espaço na mídia.


No Centro de Patos de Minas, muitos cães podem ser vistos passeando nas calçadas.
Recentemente, o Patos Hoje publicou uma reportagem sobre a situação caótica de cachorros abandonados em Patos de Minas. Isto remete à questão dos maus tratos e abandono de animais que vem ganhando cada vez mais espaço na mídia. O que muitos não sabem é que já existe no mercado nacional um método inovador de castração não cirúrgica, seguro e mais barato. Fabricado pela Rhobifarma, laboratório sediado em Hortolândia (SP), o produto foi batizado de Infertile.

Os recentes casos de crueldade contra animais, especialmente cães, têm chamando a atenção da sociedade. Muitos episódios são manifestações isoladas de distúrbios de determinadas pessoas. Outros, porém, estão relacionados com a superpopulação e o consequente abandono dos pets. Este é um problema de proporções mundiais, principalmente em países como o Brasil, onde muitas vezes faltam recursos para suprir até mesmo necessidades básicas da população humana.

Em Patos de Minas os cães abandonados circulam em bando pelas ruas da cidade causando muitos transtornos. As reclamações se multiplicam e existem casos de agressões. Como o recolhimento pelo Centro de Controle de Zoonoses só é feito em casos especiais, a melhor alternativa para reduzir o problema seria a castração para por fim a reprodução descontrolada destes animais. O procedimento cirúrgico já é feito pelo município, mas em número insuficiente.

O novo método de castração produzido pelo laboratório Rhobifarma pode ser uma alternativa para resolver o problema. Entre as vantagens estão o custo, cerca de 70% menor do que a castração cirúrgica, propiciando diversos ganhos para os municípios e os contribuintes. Nas clínicas de São Paulo, o procedimento pode ser encontrado por cerca de R$ 30,00. Outro ponto interessante da castração não cirúrgica é o fato do procedimento manter a estrutura anatômica do cão, já que os testículos não são retirados, fato importante para muitas pessoas.

Ricardo Lucas, responsável técnico da Rhobifarma, fabricante do Infertile, explica que trata-se de medicamento que possibilita transformar um procedimento cirúrgico em um ambulatorial, ou seja, realiza a esterilização sem mutilações, anestesia e os cuidados e complicações típicas de um pós-operatório. “São duas aplicações intratesticulares e o animal é liberado em seguida. Para evitar qualquer desconforto são utilizadas agulhas ultrafinas (as mesmas usadas para a aplicação de insulina em humanos) e é administrado um protocolo de analgesia desenvolvido pela Faculdade de Veterinária da Unesp, de Botucatu (SP)”, explica o veterinário.


Em depoimento espontâneo, a médica veterinária, Cristina Amarante, relatou a satisfação ao submeter cerca de 80 cães machos ao procedimento cerca de oito meses atrás. “Continuamos monitorando esses animais, eles estão saudáveis, notamos que estão mais dóceis, tranquilos e com ausência da libido sexual“ e completa: “Indico aos colegas veterinários, como uma opção ao controle reprodutivo em cães machos, no dia a dia da rotina na clínica veterinária ou no controle populacional de cães realizado pelos municípios”.

Cautela

Como o método de esterilização através de injeção é recente, muitos municípios ainda aguardam resultados mais confiáveis para iniciar a aplicação do tratamento. Braulio Ferreira Queiroz, médico veterinário do Centro de Controle de Zoonoses de Patos de Minas, afirma que o Infertile não seria tão viável para o município. De acordo com ele, o método é bastante doloroso e necessita da aplicação de anestesia, tornando o procedimento inviável.

Afirmação da viabilidade

A Rhobifarma, empresa responsável pelo Infertile, gostaria de esclarecer alguns pontos:

• A aplicação do Infertile não causa dores nos animais. Para eliminar qualquer tipo de dor ou desconforto do animal foi desenvolvido pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp (Universidade Estadual Paulista), campus de Botucatu (SP), um criterioso estudo que gerou um protocolo de aplicação. Cerca de 30 minutos antes da esterilização com o Infertile deve ser ministrado por via intramuscular Meloxican na dose de 0,2 mg/kg ou Acepromazina na dose de 0,025 mg/kg, ambos medicamentos de uso comum e baixo custo. Nos testes realizados com estes protocolos não foram identificados sinais significativos de dor que obrigassem o uso de fármacos adicionais (analgésicos de resgate). Outra observação importante é em relação a agulha, que é exatamente a mesma usada por diabéticos que necessitam injetar insulina, ou seja: ultrafina.

• Desde o lançamento oficial, em março de 2009, milhares de cães já foram esterilizados com o Infertile em diversas cidades brasileiras e sem o registro de complicações ou de óbito, o que confirma a alta segurança do produto.

Para mais informações acesse www.infertile.com.br

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