Candidatos a casas do Residencial Pizolato I e II pedem novo sorteio no Ministério Público Federal

Vários candidatos a uma das 800 moradias do Residencial Pizolato I e II que não foram contemplados no processo seletivo dessa terça-feira (12) foram até o Ministério Público Federal na tarde desta quarta-feira (13) pedirem a realização de um novo sorteio. Eles criticaram o sorteio dizendo que foi uma fraude.

Mariene Rosa de Jesus é uma das candidatas que está revoltada com o processo. “Tenho duas meninas, moro de aluguel, inclusive com duas prestações atrasadas, passando por dificuldade, e tinha certeza que seria contemplada”, disse. Ela disse que resolveu ir até o MPF porque não houve um sorteio. Ela quer que outra seleção mais transparente seja realizada.

Lucivânia Rodrigues de Souza também está indignada com a seleção. Ela disse que os nomes passavam muito rápido no telão e que para ter sido um sorteio tudo deveria ser mais lento. Ela também contou que várias pessoas foram adicionadas meia hora antes do sorteio. Me senti lesada, nomes às escuras. Não sabemos quem participou e os nomes que foram retirados”, disse.

Vários outros moradores também manifestaram pedindo um novo sorteio. A mãe da Jéssica e Emanuele disse que não foi um sorteio. Ela criticou os critérios de seleção dizendo que é mãe solteira e ainda de filha deficiente. “Cadê os critérios de seleção”, questionou. A candidata também pediu um novo sorteio e por um método mais transparente.

E teve mais gente que criticou o sorteio. Elaine Gonçalves que é aposentada por invalidez disse que mora de favor e acabou não ganhando o imóvel. Ela disse que não viu o nome nem na lista de excedentes, questionando se o nome dela não teria sido retirado antes do sorteio. Alguns chegaram a usar a palavra tramoia para descrever o sorteio.

O Patos Hoje tentou conversar com o Procurador da República, mas ele já havia viajado para Belo Horizonte. Uma comissão de candidatos foi recebida pela assessoria do procurador que colheu todas as informações para que sejam tomadas as providências futuras. O secretário municipal de desenvolvimento social, Eurípedes Donizete, havia garantido que o processo transcorrera na maior transparência.