Campanha de vacinação contra gripe para idosos começa no dia 25 de abril

A vacinação contra a gripe é um importante método de prevenção para evitar internações em decorrência de doenças respiratórias.

A vacinação contra a gripe é um importante método de prevenção para evitar internações em decorrência de doenças respiratórias. Minas Gerais se prepara para vacinar 80% da população de 60 anos ou mais, o que significa imunizar 1.773.158 pessoas. O total do público com a faixa etária alvo da campanha em Minas é de 2.216.447 de indivíduos. Para cumprir a tarefa, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) promoveu uma reunião de planejamento nesta quarta-feira (1º), com técnicos da Imunização das 28 Gerências Regionais de Saúde (GRS).

Durante a reunião, foram definidos os postos fixos e móveis, o número de profissionais envolvidos, entre outras estratégias. Estão previstos 5.500 pontos de vacinação, que devem envolver cerca de 13 mil profissionais de saúde. Ano passado, Minas Gerais conseguiu atingir a maior taxa de cobertura entre as campanhas realizadas no Estado nesta década. Na ocasião, foram vacinadas 1.639.875 pessoas, o que correspondia a 91,82% do público alvo.

De acordo com a coordenadora estadual de Imunização da SES, Tânia Brant, a campanha deste ano traz o desafio de cobrir uma população que cresceu, de acordo com estimativas do IBGE. “Muitas pessoas entraram recentemente na faixa etária que é alvo da campanha e vão se vacinar pela primeira vez”, justificou.

Tânia Brant informou que a reunião busca descentralizar as ações, bem como traçar expectativas a respeito da distribuição de insumos e a divulgação da campanha, que será iniciada no dia 25 de abril e vai até 8 de maio. “Precisamos ainda mobilizar a população para que todos os maiores de 60 anos possam se imunizar. A vacinação não protege apenas a própria saúde do vacinado, mas evita que seus familiares e amigos também possam contrair a gripe. Recomendamos, inclusive, que os profissionais de saúde identifiquem lideranças entre aqueles que vão receber a vacina, pois seu exemplo acaba por convencer os outros a também se imunizarem”, salientou.

Dificuldade

Para a referência técnica em Imunização da SES, José Geraldo Leite, uma das dificuldades em controlar a doença é o fato do vírus Influenza apresentar um conteúdo genético que facilita sua mutação. “Este é um dos motivos da vacina ter eficácia por um ano. Consequentemente é necessário fazer uma identificação do tipo de vírus que pode causar a doença e produzir novas vacinas”, explicou, complementando que este fato dificulta uma produção capaz de atender toda a população. “Por isso precisamos priorizar alguns grupos, como neste caso, os maiores de 60 anos”.

Leite destacou que aproximadamente 10% da população mundial seja infectada anualmente pelo Influenza, o que traz prejuízos não só econômicos, mas também repercute na qualidade de vida das pessoas. “A gripe aumenta a possibilidade de surgirem outras enfermidades, como infecções bacterianas, complicação de doenças crônicas como asma e diabetes, além de diminuir as defesas do organismo do infectado”.

Um dado apresentado pelo médico se traduz num forte argumento em favor da vacina. Ela diminui os riscos de um segundo infarto. “São estudos preliminares e ainda não se conhece as causas, mas já é possível relacionar a diminuição do risco à imunização contra a gripe”.

José Geraldo Leite informou que é importante imunizar pessoas com mais de 80 anos, que em geral, apresentam mais doenças crônicas que podem se agravar em caso de contaminação pelo vírus e, em decorrência, levar ao óbito. Outro alerta dado pela referência técnica é que a gripe aumenta o consumo de medicamentos, principalmente antibióticos, que as pessoas usam muitas vezes sem prescrição médica. “A conseqüência é que isso vai causar uma resistência a um tratamento futuro em caso de uso de antibióticos”, finalizou.

A doença

A influenza, mais conhecida como gripe, é uma enfermidade infecciosa aguda, de natureza altamente contagiosa, que acomete o sistema respiratório. Tem maior ocorrência no final do outono e durante o inverno. Nas ultimas décadas, a imunização anual com vacinas inativadas contra influenza tem sido a principal medida para prevenção da gripe e redução da morbi-mortalidade relacionada à doença.

O Brasil iniciou a política de vacinação contra influenza em 1999, por meio de campanhas nacionais de vacinação para a população maior de 65 anos e, a partir de 2000, para população de 60 anos e mais. Além deste público, outros grupos populacionais são contemplados para vacinação de rotina contra influenza no país, durante todo o ano, como povos índígenas a partir de 6 meses de idade e trabalhadores de saúde.

Além da imunização contra a gripe, será ofertada a vacina que protege contra a difteria e tétano, e contra febre amarela, bem como a que evita a pneumonia para os idosos recolhidos a instituições e acamados crônicos, principalmente portadores de cardiopatias, pneumopatias e insuficiência renal. As contra-indicações são para pessoas que possuem alergia grave a ovo, a timerosal (conservante), pacientes com problemas neurológicos em atividade, que neste caso devem procurar por avaliação médica.

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