O advogado Marcius Wagner, que faz a defesa do jovem apresentado esta semana acusado de estuprar uma senhora, está reunindo provas para entrar com o pedido de revogação da prisão preventiva do rapaz. Ele afirma que algumas informações divulgadas pela Polícia Civil precisam ser melhor explicadas.
Com boletins emitidos pela própria Polícia, o advogado afirma que as roupas da vítima não foram encontradas na casa de Daniel como foi colocado na imprensa. A Bermuda e a calcinha da mulher, segundo ele, foram encontradas em um terreno baldio que existe bem próximo ao local onde houve o estupro.
“As roupas apreendidas na casa do Daniel foi uma camiseta e uma bermuda dele”, explica. Com relação ao telefone celular da vítima, Marcius Wagner confirma que o aparelho e o chip estavam com o acusado, mas explica que Daniel encontrou o telefone na rua e passou a usar o aparelho.
Mas o que mais pega contra Daniel é o reconhecimento da vítima. A mulher começou a passar mal quando viu a motocicleta e desmaiou ao ouvir a voz do rapaz. Para o advogado esse reconhecimento deve ser analisado com ressalvas. Marcius Wagner alerta que o estuprador estava de capacete e que a própria vítima disse, em seu primeiro depoimento, que não tinha condições de fazer o reconhecimento.
O crime aconteceu no dia 15 de Janeiro. O estuprador, em uma motocicleta, se aproximou da mulher e obrigou que ela subisse na garupa. Os dois seguiram para um terreno baldio, onde o criminoso abusou sexualmente e a agrediu com tanta violência que deixou a mulher desacordada e semi-nua.
Para a Polícia Civil o caso está encerrado. Os agentes e delegados responsáveis pelas investigações dizem que os indícios e o reconhecimento da vítima são mais que suficientes para provar que foi mesmo Daniel quem cometeu o estupro.
Autor: Maurício Rocha
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