As chamas destruiram boa parte da residência.

Após decisão judicial que determina reintegração de posse das 100 moradias do conjunto habitacional construído no bairro Jardim Esperança, muitas famílias deixaram o local. A maioria das casas já está vazia, mas a mercê do vandalismo. Nessa quarta-feira (30) pelo menos duas casas foram queimadas. A denúncia também de furtos de equipamentos que estavam instalados nas casas como janelas e louças.

A unidade policial comanda pelo sargento Alex fazia patrulhamento pelo conjunto habitacional quando deparou com uma das residências pegando fogo. Duas pessoas saíram correndo ao perceber a presença dos policiais. Um homem não foi localizado, mas um adolescente de 16 anos acabou sendo apreendido e conduzido para a Delegacia da Polícia Civil.

A Polícia Militar questionou o garoto quem era o outro homem que ajudou a por fogo na casa, mas ele não quis informar. O adolescente veio com a mãe da cidade de Uberlândia e está morando em uma das casas invadidas do conjunto habitacional. A mãe foi até a delegacia e condenou a atitude do filho, já que também luta para ter a casa própria.

Os vândalos usaram um sofá velho para provocar o incêndio. As chamas ficaram altas e causaram danos importantes na residência. As paredes trincaram e o teto ficou comprometido. Segundo o sargento Alex, em outra casa foram encontradas uma cama e um livro velho sendo preparados para provocar mais um incêndio.

Apesar da determinação judicial para a realização da reintegração de posse, ainda não há uma data definida para a desocupação das casas. As famílias que estão no local alegam que não foram notificadas.

O Governo Federal gastou R$ 3,9 milhões para construir as 100 moradias populares. O conjunto vai abrigar famílias que estão localizadas em áreas de risco de inundação nos bairros Vila Rosa e Jardim Paulistano.

Autor: Maurício Rocha