O Tribunal do Júri voltou a se reunir nesta quinta-feira (22) em Patos de Minas para julgar Donizete Rodrigues. Ele foi denunciado por matar brutalmente a professora Bruna Emanuela Guimarães no dia 29 de setembro de 2023, em São Gonçalo do Abaeté. A vítima foi decapitada, queimada e teve a perna direita arrancada por Donizete, com quem ela teve um relacionamento de 17 anos.
Na época do crime, o corpo de Bruna foi encontrado próximo à BR 040, após dois dias de ter saído de casa em Três Marias. Imagens de câmeras de segurança mostraram um veículo de Catalão/GO, o que levou os familiares a indicarem que ela teve um relacionamento com uma pessoa do estado que não havia dado certo. A partir daí, as investigações apontaram para Donizete.
O acusado foi localizado em Catalão e acabou confessando o crime. Ele mostrou para a polícia um canivete e uma machadinha, usados para matar e decapitar a vítima. O crânio dela havia sido encontrado a alguns quilômetros de onde o corpo estava, mostrando toda a crueldade empregada por Donizete para tirar a vida de Bruna.
Após os debates entre acusação e defesa, os jurados reconheceram todos os crimes apontados na denúncia feita pelo Ministério Público. Donizete foi condenado pelo feminicídio, crime com 4 qualificadoras, e ocultação de cadáver. O juiz que presidiu o julgamento fixou a pena final em 25 anos e 4 meses, que deve ser cumprida inicialmente em regime fechado.
O promotor de justiça, Lucas Romão, informou que a denúncia foi integralmente acolhida pelos jurados, por isso não há interesse em recurso. No mês de combate à violência contra a mulher, ele destacou que a pena elevada mostra que a sociedade de Patos de Minas deu seu recado e que não tolera o feminicídio.