As duas réplicas foram apreendidas.

Os dois criminosos mortos durante uma tentativa de assalto em um posto de combustíveis em Patos de Minas na noite dessa segunda-feira (25) usavam réplicas idênticas a pistolas verdadeiras. Uma delas possui inclusive a inscrição de marca da fabricante Taurus. O agente que reagiu e atirou nos dois assaltantes não tinha como saber com certeza se armas eram de brinquedo.

Uma das armas estava com Hélio Júnior, que ocupava o banco do carona. Foi ele que, já dentro do carro, apontou a pistola e obrigou o agente penitenciário a atirar. A outra réplica de pistola foi encontrada na cintura de Luiz Fernando, que estava no banco do motorista. Os criminosos só não contavam que encontrariam uma vítima de posse de uma arma de verdade.

Hélio Junior, de 27 anos, foi atingido duas vezes na cabeça e uma no pescoço. Ele chegou a receber atendimento do Samu, mas morreu pouco depois. O segundo assaltante, Luiz Fernando, de 20 anos, que estava no banco do motorista, levou um tiro no peito e outro no pescoço e morreu na hora.

A perícia da Polícia Civil esteve no local e recolheu as duas réplicas de pistolas que estavam com os dois assaltantes. As duas armas vão fazer parte do inquérito que vai apurar o caso. Cápsulas da arma do agente penitenciário que ficaram pelo local também foram recolhidas.

O agente penitenciário que reagiu ao assalto e matou os dois assaltantes se apresentou na Delegacia da Polícia Civil de Patos de Minas. Nesta manhã, ele recebeu o apoio de colegas de profissão. Cerca de 30 agentes penitenciários de várias cidades da região foram até a delegacia para prestar solidariedade ao colega que até o início da tarde ainda não havia sido ouvido. Eles demostraram indignação com a situação em que o país se encontra.

O caso teve grande repercussão. Foram dois homicídios. Mas a lei prevê legítima defesa para esse tipo de situação e a expectativa é de que o agente penitenciário seja liberado assim que prestar depoimento.