Fogão industrial, geladeira e panelas de qualidade ajudam a garantir a qualidade. Empreendedor deve ainda ficar atento ao mercado e à formalização

Com a crescente popularidade da culinária e do empreendedorismo, muitas pessoas têm optado por começar a vender comida. No entanto, para garantir a qualidade dos alimentos produzidos e a satisfação dos clientes, é importante que esses empreendedores iniciantes tenham alguns itens essenciais na cozinha. 


Eles incluem fogão industrial, geladeira, facas e panelas de qualidade profissional, entre outros. Além disso, é importante lembrar-se de investir em ingredientes de qualidade e seguir as normas de higiene e segurança na cozinha estabelecidas, por exemplo, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 


O fornecimento de alimentos prontos para consumo em recipientes apropriados é uma tendência crescente no mercado de alimentação. No ano de 2022, foram divulgados diversos estudos e pesquisas sobre o setor alimentício, incluindo dados publicados pelo Sebrae. 


Com base no Mapa das Empresas, vinculado ao Ministério da Economia, foi possível constatar que até julho de 2022, 109.088 empresas foram cadastradas na subclasse “Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar”. Nos anos anteriores, 2021, 2020 e 2019, o número de empresas cadastradas na mesma subclasse foi de 93.487, 65.000 (aproximadamente) e 35.388, respectivamente. 

Estrutura e equipamentos para cozinhar e vender alimentos

Conforme documento elaborado pelo Sebrae, para trabalhar na cozinha e começar a vender refeições, é importante conhecer os equipamentos básicos necessários.


Na cozinha, é preciso contar com um fogão industrial, que tenha no mínimo seis bocas, para garantir um preparo eficiente das refeições. Além disso, é importante ter um freezer horizontal para armazenar os alimentos e um multiprocessador de alimentos para agilizar o corte e preparo dos ingredientes. 


Ter um cortador de frios facilita o processo de fatiar carnes e embutidos; fornos (elétrico, microondas e a gás) são cruciais para cozinhar as refeições. Já um liquidificador industrial deve ser prioridade para preparar molhos e cremes, além de uma geladeira e um marmiteiro.


Para o escritório, são necessários equipamentos como mesa, cadeiras, arquivos, telefone, computador e impressora, que ajudarão na gestão do negócio. Tanto para esses quanto para os itens de cozinha, ter cupom de desconto pode representar economia nas compras pela internet.


É possível encontrar online cupom das Casas Bahia, Americanas e Shopee, que valem para eletrodomésticos e utensílios. A escolha dos equipamentos deve levar em consideração a demanda do estabelecimento, para garantir um bom desempenho nas atividades diárias.

Mercado da alimentação

A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) divulgou informações sobre o desempenho do ramo alimentício em 2022. De acordo com a associação, a indústria de alimentos e bebidas é a maior do país e processa 58% de toda a produção proveniente do campo. 


Além disso, existem 38 mil empresas atuando no setor, gerando 1,8 milhão de postos de trabalho diretos e formais, o que equivale a 24,3% dos empregos na indústria de transformação brasileira. A indústria de alimentos e bebidas ainda representa 10,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, e em 2022 foram investidos R$ 23,6 bilhões no setor, fortalecendo sua importância na economia brasileira.

O que é preciso para se formalizar no setor 

Ao abrir uma empresa de qualquer setor, o empreendedor pode optar pelo registro individual ou pela criação de uma sociedade. É importante avaliar as opções disponíveis e escolher a que melhor se adéqua às expectativas e ao perfil do negócio pretendido.


Uma das opções disponíveis é o Microempreendedor Individual (MEI), um caminho para o profissional autônomo que quer se formalizar. Ao se cadastrar como MEI, o empreendedor passa a ter um CNPJ, o que traz vantagens como facilidades na abertura de conta bancária, solicitação de empréstimos e emissão de notas fiscais, além de obrigações e direitos de uma pessoa jurídica. 


Para se tornar MEI, é preciso cumprir algumas exigências estabelecidas pela legislação. Entre elas, destacam-se: faturar até R$ 81 mil por ano, não ser sócio de outra empresa e ter no máximo um empregado recebendo o piso da categoria ou salário mínimo.


Uma das vantagens de ser MEI é que o empreendedor terá como despesas apenas o pagamento mensal do Simples Nacional, que engloba os impostos devidos pela empresa. Dessa forma, é possível manter um controle financeiro mais eficiente e prever os gastos com mais precisão.