Quando o assunto é moradia, infelizmente a segurança pode ter um preço, e ele pode vir a ser bem alto. Qualquer pessoa que mora em um prédio ou que mora em um condomínio de casas vai te dizer com um pesar no coração que gasta muito dinheiro com o condomínio. E só no Brasil existem 10 milhões de apartamentos, então é muita gente pagando condomínio.

 

As pessoas entendem que esse é um gasto necessário e que não tem muito como fugir disso, já que muitas vezes bons prédios e bons condomínios vão ter preços de condomínio mais elevados. Mas será que o valor que você paga hoje é realmente o preço justo por aquilo?


Essa dúvida sempre pega muitos condôminos, já que a grande maioria das pessoas não faz a mínima ideia de como esse cálculo é feito. Porém, é aconselhado às pessoas entenderem o porquê o condomínio custa a quantia cobrada, e isso serve como proteção tanto para quem paga quanto também para os responsáveis pelo condomínio.

 

Isso porque dessa forma quem paga pode se certificar de que não está pagando um valor abusivo acima do que deveria e também pode evitar de fazer uma acusação descabida de que o valor está errado, podendo gerar muito constrangimento.

 

Mas é claro, nem todo mundo sabe como fazer esse cálculo e, muito menos, qual base usar para fazê-lo, mas não se preocupe, porque estamos aqui hoje justamente para isso, nós vamos ensinar você como calcular o valor do seu condomínio de edifício.

 

Como é feito o cálculo?


A primeira coisa que devemos levar em consideração é que um condomínio tem gastos e quanto mais moderno, maior e mais estruturado for o condomínio, é natural que ele tenha mais gastos,sendo que, por conta disso ele vai custar mais dinheiro. 

 

Pensando nisso, podemos afirmar que existem 3 pilares que formam os gastos de um condomínio, que são: os gastos ordinários, os gastos extraordinários e a reserva de despesas.

 

Gastos ordinários
 

Vamos falar primeiro daquele que é o gasto dado como inevitável. Existem coisas do dia a dia que simplesmente vão te custar, e o condomínio precisa pagar por elas. Então esse pode ser considerado o gasto necessário. Faz parte dele:

 

O consumo de água, luz e gás para aqueles que têm gás encanado
A manutenção e também a observação dos itens do prédio, bem como, os portões eletrônicos, todos os itens de segurança, os elevadores e tudo que possa necessitar de manutenção
Os gastos da administração, que envolvem gastos que o local precisa ter como: boletos bancários emitidos, os correios, os produtos de limpeza e também a taxa da administradora
Os salários dos funcionários que o prédio tiver. 

Vale lembrar ainda que caso o prédio pague seus funcionários através de uma empresa terceirizada, ela também consta como gasto ordinário. E caso o prédio tenha áreas comuns como: piscinas, quadras, playground, salões de festa e afins, eles também vão fazer parte dos gastos ordinários.

 

 Gastos extraordinários
 

Agora vamos com os gastos que são feitos fora do orçamento comum. Não estamos falando exatamente de situações de emergência, mas sim de decisões que não estavam previstas anteriormente. 

 

Um bom exemplo disso é a decisão, por exemplo, de construir uma área de lazer. Esse não é um gasto que estava previsto, pois foi uma decisão extraordinária que foi tomada e vai gerar um custo extra.


Reserva de despesas
 

E por último temos a reserva de despesas. Os condôminos podem pagar um valor extra na mensalidade para guardar em um fundo, a ideia é que esse dinheiro seja gasto, primeiramente em alguma situação de emergência que apareça, como uma reforma obrigatória para lidar com as consequências de algo que quebrou por algum motivo, uma manutenção de fachadas e coisas dessa natureza.

 

Esse fundo também pode ser pensado para a compra de algo ou a construção de algo dentro do condomínio. Então o valor é arrecadado até atingir a quantia suficiente para aquela compra ou obra.

 

Com tudo isso sendo levado em consideração, o valor do condomínio vai variar de qual política de cobrança aquele edifício adotou. Existem duas formas de se cobrar o condomínio, uma delas é a cobrança igual para todos, isto é, o valor de todas as despesas e custos em geral são calculados e divididos entre os condôminos igualmente. Dessa forma, indiferente do apartamento, todos vão sempre pagar o mesmo valor.

 

Esse método de pagamento é bem usado em condomínios mais populares, onde não existe uma diferença significativa entre os imóveis.

 

Porém, existe também a cobrança que é feita de forma proporcional ao tamanho do apartamento. E nesse caso, quanto maior ele for, mais dinheiro ele vai custar. Você deve saber a proporção exata na hora de assinar o contrato, já que isso deve obrigatoriamente constar lá.

 

O cálculo que eles fazem é baseado sempre na metragem do seu apartamento. Então se você está com dúvidas quanto a isso, não esqueça de dar uma lida no seu contrato.