Zangão, acusado de espancar a companheira até a morte, é ouvido em audiência

O homem acusado de praticar um dos crimes de maior repercussão dos últimos anos em Patos de Minas prestou depoimento.


Os depoimentos começaram por volta de 16h30 dessa terça-feira e só terminaram por volta de 21h.
O homem acusado de praticar um dos crimes de maior repercussão dos últimos anos em Patos de Minas prestou depoimento nessa terça-feira (01) no Fórum da Comarca de Patos de Minas. Márcio Silva Pereira, de 26 anos, participou de uma Audiência de Instrução e julgamento. Outras testemunhas do caso também foram ouvidas.

A Audiência de Instrução e Julgamento é a última fase do processo antes do julgamento. Através dos depoimentos do acusado e das testemunhas é que a Justiça vai decidir se Zangão será levado a Júri Popular ou não. De acordo com o promotor Paulo César de Freitas, o Ministério Público vai pedir a condenação dele por homicídio triplamente qualificado.

Cego de ciúmes, Zangão teria passado horas espancado a companheira. Maria Helena Priscila Fernandes, uma adolescente de 16 anos, foi internada em estado grave, passou por uma cirurgia de emergência e faleceu pouco tempo depois no Hospital Regional Antônio Dias. Na época, o Patos Hoje registrou em fotos a situação que a garota ficou.

Zangão foi preso alguns dias depois pela Polícia Militar. Ele confessou que espancou a companheira e disse que estava cego de ciúmes. No dia do crime Márcio teria flagrado a companheira em companhia de outro homem atrás de um dos banheiros do Parque de Exposições.

Na audiência, além de Zangão, a Justiça ouviu outras pessoas que conviveram com o casal. A tia de Márcio, que deu socorro a Maria Helena, também prestou depoimento. A mãe da garota falou do quanto o genro era ciumento e que não aceitava o relacionamento. Também foram ouvidos o médico que constatou a morte e os dois mototáxis que levaram o casal para casa após a discussão.

Zangão aparentava estar bem disposto, ao contrário dos boatos de que ele teria sido espancado dentro do Presídio. Mesmo dentro do Fórum e sob proteção dos agentes, o acusado teve que ouvir insultos dos familiares de Maria Helena. O incidente não interferiu no andamento da audiência.

Os depoimentos começaram por volta de 16h30 dessa terça-feira e só terminaram por volta de 21h. O andamento do processo será definido pelo juiz Vinícius de Ávila Leite.

Autor: Maurício Rocha

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