Último morador do Palacete de Amadeu Maciel guarda histórias e muitas preciosidades
Filho adotivo de Amadeu Maciel e Jorgeta Maciel, Nilton herdou móveis e objetos e mantém conservadas muitas relíquias.
Último morador de uma das construções históricas mais imponentes de Patos de Minas, o advogado e educador, Nilton Ferreira Maciel, guarda muitas histórias e verdadeiras preciosidades. Filho adotivo de Amadeu Maciel e Jorgeta Maciel, ele herdou móveis e objetos e mantém conservadas muitas relíquias.
O Palacete construído em 1915 faz parte da vida do tio Nilton como é conhecido. Ele perdeu o pai ainda criança e foi criado pelos tios-avós Amadeu e Jorgeta Maciel, que não tiveram filhos. Consequentemente, o senhor Nilton também herdou a imponente construção no cruzamento da avenida Getúlio Vargas com a rua Olegário Maciel.
O senhor Nilton cresceu morando no Palacete e permaneceu ali até mesmo depois de casado. No período que morou em Belo Horizonte, o advogado conta que alugou o imóvel para o Instituto Brasileiro do Café – IBC, que funcionou em Patos de Minas e para a Administração Fazendária. Foi ali também que o Hospital Vera Cruz iniciou suas atividades.
Hoje com 85 anos, o Tio Nilton guarda com carinho as lembranças de Amadeu Maciel e Jorgeta Maciel. “Ele era um homem muito à frente de seu tempo. Era produtor, comerciante e construtor e gostava de fazer as coisas muito bem feitas”, afirma o filho. Com relação à dona Jorgeta, o senhor Nilton corrige a afirmação de que a construção do palacete foi para atender as vaidades dela. Segundo ele, a dona Jorgeta era extremamente simples e muito caridosa. “Amadeu construiu o Palacete porque gostava de coisas boas e tinha condições financeiras pra isso”, explica.
O senhor Nilton não conseguiu permanecer com o casarão. A construção foi vendida em 1993. Mas ele guarda com todo cuidado, os móveis e objetos que herdou de Jorgeta Maciel. Algumas peças impressionam, como uma chapeleira que ficava na entrada da casa e possui mais de 100 anos. O espelho importado da Europa é outra preciosidade, assim com o oratório, as poltronas e mesa de jantar.
Com relação ao Palacete, o senhor Nilton torce para que a construção seja restaurada e que fique aberta à população. O advogado e educador sonha em ver o local funcionando como uma biblioteca, por exemplo.
Autor: Maurício Rocha