Troca de terrenos para a construção de casas populares gera polêmica na Câmara

Os parlamentares alegam que os terrenos do município têm valor muito maior do que a área que está sendo adquirida.

A votação de um Projeto de Lei que autoriza a Prefeitura a se desfazer de quatro imóveis para a aquisição de uma grande área para a construção de casas populares gerou polêmica na reunião extraordinária realizada pelos vereadores na manhã desta sexta-feira (07). Os parlamentares alegam que os terrenos do município têm valor muito maior do que a área que está sendo adquirida.

Para pagar a área de 17,3 hectares, que daria para construir cerca de 530 casas populares, a Prefeitura está destinando uma área de 5.634,27 metros quadrados, outra área de 9.448,34 metros quadrados no bairro Copacabana, outra área de 7.353,44 metros quadrados no bairro Jardim Peluzzo e outro terreno de 7.913,00 metros quadrados também no Jardim Peluzzo.

Os quatro terrenos foram avaliados em R$ 1.369.495,95, o que seria suficiente para pagar a área de 17,3 hectares localizada na parte alta da cidade. A avaliação teria sido feita por três profissionais da área. A Câmara Municipal, no entanto, questionou os valores. Uma nova avaliação teria sido feita e encontrado uma diferença de cerca de R$ 3 milhões.

O Projeto de Lei rendeu debates calorosos na reunião dessa sexta-feira (07). O secretário de planejamento Marcos André Alamy disse que a negociação estava sendo estudada há cerca de seis meses e passou para Comissão de Habitação. Ele informou que foi feita uma nova valiação oficial e a diferença foi de apenas R$50 mil.

Marcos André disse que esta foi a melhor opção encontrada pelo município. Em relação aos debates da reunião, o secretário disse que solicitou junto à Câmara de Vereadores a fita de gravação da reunião e poderá entrar na justiça por calúnia e difamação.

Mas a polêmica está longe do fim. Os vereadores aprovaram requerimentos convocando os secretários de planejamento e de governo, Marcos André Alamy e Emanuel Kappel para prestar esclarecimentos. O vice-prefeito, José Eustáquio Rodrigues Alves, e o procurador, João Alfredo de Campos Melo, foram convidados.

O Projeto de Lei volta a ser debatido na Câmara Municipal na reunião do próximo dia 13 de maio.

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