Tribunal do Júri condena dupla por matar e ocultar corpo de Breno Fiuza, em Patos de Minas
O julgamento foi marcado por manifestação silenciosa de familiares da vítima.
A dupla acusada de matar Breno José Braga Fiuza foi condenada pela Tribunal do Júri, nesta quarta-feira (23). Vitor Édson da Silva Julião foi condenado a mais de 23 anos enquanto Mateus Gomes Julião Brito foi condenado a mais de 18 anos, ambos em regime fechado. O julgamento foi marcado por manifestação silenciosa de familiares da vítima.
O Ministério Público acusou os réus de homicídio qualificado, por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, ocultação de cadáver e organização criminosa, além de furto qualificado, por concurso de agentes. O processo correu sob segredo de justiça. Os acusados negaram as acusações.
O julgamento que começou por volta de 9h foi concluído no início da noite. Mateus Gomes Julião Brito foi condenado a 18 anos, 6 meses e 10 dias. Vitor Édson da Silva Julião foi condenado a 23 anos, 5 meses e 14 dias. Ambos foram condenados pelo homicídio e pela ocultação de cadáver.
O caso chamou a atenção de Patos de Minas e região
Na época, o caso chocou a população de Patos de Minas e região. Breno desapareceu no dia 21 de setembro de 2022. Após sete dias, a mãe do Breno, desesperada, pediu ajuda para localizar o filho. A Polícia Civil começou a investigar o caso e descobriu que não se tratava de um desaparecimento e sim de um homicídio. Por meio da investigação, o delegado Luís Mauro Sampaio, descobriu que o corpo estaria enterrado em uma área de mata, na região de Arraial dos Afonsos, próximo a estrada de Sumaré.
No dia 21 de dezembro de 2022, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros atuaram juntos na busca pelo corpo. Cães treinados para esse tipo de ação vieram de Uberaba para ajudar nas buscas. Os cães apontaram o local exato onde foram localizados restos mortais. Apesar do avançado estado de decomposição, foi possível identificar que se tratava de Breno José Braga Fiuza.
Os exames periciais apontaram que Breno foi morto com quatro tiros, dois no peito e dois na cabeça. As investigações revelaram que, no dia do crime, após ser alvejado pelos primeiros disparos, o jovem correu e tentou escalar um paredão de pedras que existe no local, mas, ferido, rolou morro abaixo. Logo após, os criminosos efetuaram mais dois disparos na cabeça de Breno e teriam enterrado o corpo.