Tribunal do Júri condena acusados de matar jovem em quadra do bairro Abner Afonso
O julgamento aconteceu nesta quinta-feira (31), no Fórum Olympio Borges, em Patos de Minas.
O Tribunal do Júri condenou Felype Augusto Gonçalves da Silva, vulgo “Trinca”, e Bruno Silva Teixeira, vulgo “Risada”, pelo assassinato de Patric Donizette Pereira Lima, que ocorreu em uma quadra do bairro Abner Afonso. O julgamento aconteceu nesta quinta-feira (31), no Fórum Olympio Borges, em Patos de Minas.
Segundo o Ministério Público, no dia 05 de junho de 2023, Patric disputava uma partida de futebol na quadra do bairro Abner Afonso, quando teria se machucado e saiu da partida, ficando escorado na grade assistindo ao jogo. Nesse momento, um homem, que usava capacete e roupas escuras, se aproximou e desferiu um disparo de arma de fogo na cabeça de Patric e, logo após, foi para uma rua escura e aguardou um motociclista que ajudou em sua fuga. Câmeras de segurança flagraram a ação dos dois homens.
Durante investigações da Polícia Civil, uma testemunha sigilosa contou que Patric teve um desentendimento com os denunciados Marcus Vinícius Santos Lopes, Maycon Júnior Santos Lopes e Bruno “Risada”, em 2018. Uma outra testemunha afirmou que, na noite do crime, Luís Felipe Pedro Silva “Coxinha” e Felype “Trinca” abriram o portão de uma residência e pediram para guardar um carro, contando que haviam acabado de matar um rapaz, porém, diante da recusa, “Coxinha” e “Trinca” foram embora.
Uma outra testemunha sigilosa contou que Luís Felipe havia falado sobre o assassinato, alegando que o motivo era que Patric estava “talaricando” sua mulher. O “Coxinha” contou que teria pego um revólver calibre .45 com Marcus Vinicius, que também não gostava de Patric. Felype afirmou que teria sido só um tiro. Uma outra testemunha contou que Maycon, Marcus e Bruno “Risada” andavam junto com Patric. Em um certo dia, a vítima teria dito que achava a mãe dos acusados, atraente e por isso frequentava a casa deles, tendo iniciado o atrito entre os acusados e a vítima.
As investigações apontam que, em um certo dia, Marcus, Maycon e Bruno decidiram que matariam Patric e começaram a monitorar a vítima. Uma outra testemunha contou que Patric havia terminado um relacionamento recentemente e que estaria curtindo foto de garotas nas redes sociais, vindo a curtir a foto da namorada de Luís Felipe, que teria se juntado aos demais investigados para cometer o crime. As investigações concluíram que Felype efetuou os disparos e que Luís Felipe teria sido o motociclista que ajudou o atirador na fuga.
Devido a presença das testemunhas sigilosas, o julgamento foi realizado de portas fechadas. Os jurados formaram maioria e os réus foram condenados por homicídio, com as qualificadoras motivo torpe, perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima. Felype Augusto foi condenado a 21 anos e 4 meses de reclusão, em regime fechado, sem o direito de recorrer em liberdade. Bruno Silva foi condenado a 18 anos e 8 meses de reclusão, com direito de recorrer em liberdade.
O julgamento foi realizado de portas fechadas devido a presença das testemunhas sigilosas. Os outros acusados serão julgados em outra data.