Tiroteios na noite deixam um ferido e levam pânico a velório de garota assassinada

Disparos de arma de fogo na porta do velório causaram pânico e muita correria entre os presentes.


A Polícia Militar foi acionada para dar segurança às pessoas que estavam no local.
Parentes e amigos de Paula Soares Maciel, a adolescente que morreu depois de levar um tiro no rosto na rua Duque de Caxias, não tiveram sossego nem para velar o corpo da menina de apenas 15 anos. Disparos de arma de fogo na porta do velório causaram pânico e muita correria entre os presentes. Pelo menos uma pessoa ficou ferida. Um pouco antes, um adolescente de 14 anos foi atingido no peito, também na rua Duque de Caxias.

Os primeiros disparos foram efetuados por volta de 21h30 na rua Duque de Caxias. Um garoto de 14 anos que estava passando pelo local foi alvejado no peito. Ele foi socorrido por uma unidade do SAMU e encaminhado para o Hospital Regional. O menino estava consciente e não corria risco de perder a vida. Em seguida, mais disparos de arma de fogo, desta vez, em frente ao velório da adolescente atingida por um tiro no rosto no último domingo.

De acordo com testemunhas, os atiradores passaram em um carro preto e efetuaram diversos disparos. O pânico tomou conta das pessoas que estavam no velório da garota. Homens, mulheres e crianças correram para se proteger. Alguns se esconderam debaixo de mesas e cadeiras. Teve gente que se trancou no banheiro. Vasos foram quebrados.

Na correria um senhor se feriu. Com um corte na cabeça, ele foi socorrido pelo SAMU e encaminhado para o Hospital Regional. A Polícia Militar foi acionada para dar segurança às pessoas que estavam no local. O clima de tensão tomou conta do velório da garota. Com medo, quase todas as pessoas foram embora para a proteção de suas casas.

Relatos de amigas de Paula dão a dimensão da tensão existente entre moradores do Nossa Senhora Aparecida e São José Operário. A rixa entre os dois bairros atinge jovens, adultos, crianças e idosos e já causou muitas mortes. E se nada for feito, outras tragédias poderão acontecer. Segundo os moradores até as crianças estão sendo ameaçadas na escola.

A Polícia Militar permaneceu no local e deu segurança para os parentes e amigos até que o corpo da adolescente fosse enterrado, mas a solução para o problema vai muito além do trabalho da Polícia Civil e Militar. É preciso a união de esforços entre o Judiciário, Ministério Público, Prefeitura e parceria com entidades assistenciais para que o problema seja resolvido.

Os moradores dos dois bairros estão no meio do fogo cruzado, envolvidos em um problema que, sozinhos, eles não conseguirão resolver.

Autor: Maurício Rocha

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