Sonegação na venda de diamantes é alvo de Operação da PF, Receita e Oficiais da JF em Patos de Minas

Um dos pontos foi na Avenida Getúlio Vargas, ponto nobre de Patos de Minas

Agentes da Polícia Federal, com o apoio da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, da  Receita Federal e Oficiais da Justiça Federal cumprem mandados em diversos locais em Patos de Minas na manhã desta terça-feira (21). A ação faz parte da Operação Policial “A INCOMPARÁVEL DO ABAETÉ”, para combater lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Durante as investigações, que tiveram início em maio de 2018, identificou-se que os principais sócios de empresas do ramo de importação e exportação de diamantes e pedras preciosas de Patos de Minas/MG teriam dissimulado patrimônio obtido em atividades ilícitas e remetido valores ao exterior de forma ilegal. Os investigados, que já respondem a ações fiscais por dívidas, poderão cumprir até 16 anos de prisão, se condenados pelos crimes em apuração. A Polícia Federal representou por cinco mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 4ª Vara da Justiça Federal de Belo Horizonte e cumpridos naquela cidade.

O nome da operação faz referência ao maior diamante encontrado no rio Abaeté, supostamente descoberto pelos investigados.

Seguindo todos os protocolos de cuidados do Ministério da Saúde em face da pandemia do Covid-19, a Polícia Federal continua trabalhando para a manutenção da lei e da ordem, preservando o estado democrático de direito.

De acordo com a Assessoria de Comunicação da DRF, ao longo dos anos de 2000 a 2019, esse grupo econômico sofreu diversas autuações do Fisco Federal por sonegação de rendas geradas na atividade de comércio de pedras preciosas. Porém, em decorrência de diversos artifícios tais como remessas ilegais de grandes quantias ao exterior, uso de empresas de fachadas situadas no exterior, lavagem de dinheiro, e utilização de interpostas pessoas para ocultação de valores ilegalmente recebidos pelos envolvidos, o grupo tem conseguido dissimular a ocorrência da obrigação tributária, ocultar e blindar seu patrimônio, deixando de recolher para os cofres da União dívida superior a R$ 60 milhões, e ainda tem continuado a agir nesse esquema criminoso de sonegação.

Além disso, há anos, o grupo vem sendo investigado pela Polícia Federal pelo comércio de pedras preciosas extraídas de garimpos ilegais no país.

Nesses tempos de pandemia, o valor até hoje sonegado pelos envolvidos permitiria, por exemplo, construir dezenas hospitais e instalar milhares de leitos de UTI, equipados com modernos respiradores mecânicos, recursos que poderiam salvar milhares de vidas de pacientes com Covid-19.

A Operação "A incomparável do Abaeté" decorre do trabalho integrado dos órgãos envolvidos, e recebeu esse nome como referência a uma pedra preciosa, um diamante rosa, que foi extraída nos anos 90 de um garimpo de propriedade dos envolvidos no esquema criminoso de evasão fiscal, localizado na cidade de Abaeté/MG, e avaliada, na época, em mais de US$ 30 milhões.

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