Sobrinha do padre Roldão diz que clínica é legal e nega dilapidação do patrimônio

A sobrinha do padre Roldão esteve em Patos de Minas e negou que o patrimônio do sacerdote esteja sendo dilapidado.


Evalda das Dores Gonçalves - Sobrinha do Padre Roldão

A sobrinha do padre Roldão esteve em Patos de Minas nessa terça-feira (10) e negou que o patrimônio do sacerdote esteja sendo dilapidado. A acusação foi feita pelo vendedor que, depois de 30 anos, descobriu ser filho do sacerdote. Fabrício Augusto Nascentes afirma que o pai deixou uma fortuna avaliada em cerca de R$ 5 milhões e que os bens estavam sendo usados ilegalmente.

A intrigante história foi mostrada pelo Patos Hoje há alguns dias. Fabrício disse que foi procurado por um sobrinho do padre Roldão Gonçalves Rodrigues e informado que seria filho do sacerdote. O rapaz teria decidido revelar o caso para por fim a uma briga familiar pela herança deixada pelo padre que inclui propriedades, gado e jóias.

Fabrício, que procurava o pai a 30 anos , realizou um exame de DNA e acionou a Justiça para ficar com a herança do pai. Os bens estão sob a responsabilidade de uma sobrinha, que morava com o padre e que Fabrício acusa de estar dilapidando o patrimônio do sacerdote. Ele diz que uma clínica clandestina foi montada na propriedade do padre. Evalda das Dores Gonçalves nega as acusações.

Evalda diz que a enorme casa, com 16 suítes, foi construída na fazenda no município de Paracatu com objetivo social. Ela diz que a intenção do padre Roldão era abrir um abrigo para crianças abandonadas. Como o projeto foi vetado pelo Conselho Tutelar por causa de uma piscina que existe no interior da mansão, ele teria decidido cuidar de dependentes de álcool e droga.

A sobrinha do padre informou que a Clínica montada na fazenda do padre Roldão cuida de 22 dependentes químicos e que funciona como uma associação sem fins lucrativos. Evalda afirma ainda que a documentação está regular. Com relação à fortuna deixada pelo padre, ela afirma que os bens estão sendo bem cuidados, mas diz que Fabrício supervalorizou o patrimônio. “A gente não fez avaliação, mas os bens não chegam nem à metade do que ele falou. Outros bens que ele está falando, a família nem sabe que existe”, afirma.

De acordo com Evalda, o padre Roldão não sabia da existência de Fabrício. “Ele morreu sem saber”, afirma. O sacerdote fez um testamento à mão destinando os bens para 37 herdeiros, entre irmãos e sobrinhos. Evalda diz ainda que existem dúvidas sobre a paternidade de Fabrício e que vai aguardar a decisão da Justiça para entregar os bens.

Autor: Maurício Rocha

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