Sem transporte escolar, crianças têm que enfrentar caminhada cheia de perigos

As meninas têm que andar cerca de meia hora, passando por trilhas e plantações.


Elas têm que passar por uma perigosa pinguela todos os dias para chegar à escola.

O sacrifício que duas crianças estão tendo que fazer para chegar à escola na localidade de Lanhosos tem causado preocupação e revolta em parentes e amigos. As meninas têm que andar cerca de meia hora, passando por trilhas e plantações e enfrentando os mais diversos perigos. Tudo porque o transporte escolar deixou de fazer uma linha no ano passado.

A Lorrany Borges Ribeiro de Oliveira, de 10 anos e a Mikaelli Borges Silva, de apenas 5 anos, adoram estudar. Se depender delas a frequência na sala de aula será de 100%. Mas para chegar à escola na comunidade de Lanhosos as duas meninas têm que fazer uma caminhada longa e cheia de perigos. O primeiro deles é uma pinguela de tábuas que quando chove fica intransponível.

Na semana passada, a Mikaelli perdeu o equilíbrio ao passar pela pinguela e foi parar dentro do Córrego que por sorte não estava tão cheio. A Lorrany teve que voltar em casa e chamar o tio para retirar a menina de dentro d’água. A situação deixou a mãe, Michele Borges Nunes Silva, muito preocupada. Ela decidiu procurar ajuda antes que algo de mais grave aconteça.

Segundo Michele, o transporte escolar passava bem próximo a sua casa. No ano passado, no entanto, a linha foi cortada. Agora, para chegar até a estrada, a menina tem que andar cerca de um quilômetro passando no meio do gado bravo. Mãe de um bebê de apenas quatro meses, ela prefere deixar a filha na casa da mãe para que a garota vá para a escola em companhia da prima Lorrany. As duas vão a pé, pelo meio do mato, em uma caminhada que dura cerca de meia hora.

Michele procurou a Prefeitura para resolver o problema e recebeu a informação de que a linha foi cortada porque estava atrasando a chegada dos demais alunos e professores na escola. Ela quer que o transporte escolar volte a passar mais próximo a sua casa, como era antes.

Segundo a Secretária Municipal de Educação, Marlene Machado Porto, normalmente a própria diretora verifica os alunos que necessitam de transporte,  orientando a família para que possam usar do benefício. Como não é do conhecimento da Secretaria, para os alunos  serem atendidos, deve ser feita solicitação por escrito, com informações do local de moradia (ponto de partida), nome dos alunos e turno em que estudam, bem como algum endereço ou telefone para comunicação. Talvez alguma rota poderá ser alterada para atender a essas crianças, ou mesmo a possibilidade de um estudo para atendimento.

Assim, o reclamante pode enviar o pedido  à Secretaria Municipal de Educação, com as informações acima mencionadas.

Autor: Maurício Rocha

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