Sem ter como receber, empreiteira deixa obra de R$ 4,5 mi em Patos de Minas

A obra provocou estragos e comprometeu a estrutura de diversas casas, obrigando muitas famílias a deixarem seus imóveis.


Sem dinheiro, a empreiteira contratada decidiu retirar suas máquinas e funcionários do local, deixando para trás a obra inacabada.
As obras de drenagem iniciadas no bairro Rosário foram paralisadas de vez. A empreiteira que até então realizava o serviço não recebeu pelo serviço e retirou suas máquinas e funcionários do local. A decisão aumentou os transtornos e a preocupação dos moradores da rua Elisa Pereira Fonseca. A obra provocou estragos e comprometeu a estrutura de diversas casas, obrigando muitas famílias a deixarem seus imóveis.

A obra avaliada inicialmente em cerca de R$ 4,5 milhões deveria ser executada pela Araguaia Engenharia, que venceu a licitação. Mas, enfrentando problemas, a empreiteira decidiu repassar a obra para a Construtora Ipê. A empresa veio de longe, contratou funcionários na Bahia e tocou o serviço até ter problemas para receber as primeiras medições.

O problema é que a Araguaia não possui as certidões negativas para receber da Prefeitura, dessa forma não repassa o dinheiro para a Ipê. Sem receber, a empreiteira contratada decidiu retirar suas máquinas e funcionários do local, deixando para trás a obra inacabada e muitas casas danificadas. O serviço foi paralisado há alguns dias e não há previsão de retorno. Moradores que deixaram suas residências temendo que elas desabassem estão sem saber o que fazer.

Assim como aconteceu com a avenida Ivan Borges Porto, onde o prefeito Pedro Lucas registrou um boletim de ocorrência e rompeu o contrato com a Araguaia Engenharia, os moradores esperam que a situação seja resolvida e que nova licitação seja realizada para contratar uma empresa que tenha capacidade para fazer o serviço.

O prefeito municipal, Pedro Lucas Rodrigues, informou que a obra foi paralisada por orientação do próprio município, porque a Araguaia não teria como receber o dinheiro e repassar para a Ipê. Ele confirmou que vai romper o contrato com a Araguaia e realizar uma nova licitação. Com relação aos moradores que tiveram as casas danificadas, o município vai continuar arcando com os aluguéis.

Atualizada às 13h42 desta quarta-feira (01)

Autor: Maurício Rocha

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