Réus são condenados por amarrar, esfaquear e queimar homem ainda vivo; penas somam 51 anos

Ambos os réus foram condenados pelo homicídio, com todas as qualificadoras.

O Tribunal do Júri condenou, nesta quarta-feira (27), os acusados de amarrar, esfaquear e queimar, ainda vivo, Lásaro Roberto Borges, no dia 26 de novembro de 2023. Clarice Batista Xavier e Gabriel Wester de Souza Teles foram condenados por homicídio qualificado em motivo fútil, meio cruel, emprego de fogo e recurso que dificultou a defesa da vítima. O terceiro réu, Eduardo Lúcio Pereira, segue foragido da justiça.

Segundo o Ministério Público, no dia do crime, a Polícia Militar recebeu informações de que a vítima havia sido agredida, sequestrada, colocada em um veículo e morta pelos reús. Os policiais foram até a residência e constataram a presença de muito sangue no quarto, na sala e na entrada do imóvel. Uma testemunha afirmou que Clarice, seu namorado Eduardo Lúcio Pereira e Gabriel haviam cometido o crime.

A Polícia Militar abordou Clarice que confessou que havia cometido o crime juntamente com os outros denunciados, porque, segundo ela, Lásaro “constantemente mexia com ela”. As investigações apontaram que, Eduardo e Gabriel entraram na residência da vítima, enquanto ela dormia, e a renderam. Foi colocado uma mordaça na boca de Lásaro, para ele não gritar, e amarraram seus punhos e tornozelos, impossibilitando sua reação. Os denunciados, agindo com crueldade, agrediram Lásaro com chutes, socos e ainda pisotearam sua cabeça, causando-lhe grande sofrimento.


Em seguida, os denunciados colocaram a vítima no assoalho de um Fiat/Uno e foram até um local de difícil acesso, situado na Fazenda Barreiro, Zona Rural de Patos de Minas. No local, os denunciados amarraram as mãos da vítima para trás e amarraram as pernas em um tronco de árvore que havia caído. Em seguida, Clarice pisoteou a genitália da vítima e desferiu três golpes de faca contra o seu peito.

Com Lásaro ainda vivo, Eduardo jogou álcool sobre o seu corpo e Gabriel ateou fogo o que causou mais grande sofrimento na vítima e, após a morte, destruição parcial de seu corpo. Após serem descobertos, os denunciados levaram os policiais até o local do crime, onde a vítima foi encontrada em estado de putrefação.

Clarice e Gabriel foram acusados de homicídio qualificado em motivo fútil, meio cruel, emprego de fogo e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de sequestro, e cárcere privado, e ocultação de cadáver. O próprio Ministério Público pediu absolvição com relação ao sequestro e ocultação de cadáver por entender que esses crimes faziam parte do homicídio.

Ambos os réus foram condenados pelo homicídio, com todas as qualificadoras. Gabriel foi condenado a 24 anos e Clarice foi condenada a 27 anos, por ter sido a mandante do crime. Ambos vão cumprir pena no regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade. O terceiro réu se encontra foragido: “Me dirijo a sociedade para que, caso tenha informações do Eduardo, possa comunicar as autoridades”, afirmou Alessandro Rogério, Promotor de Justiça.

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