Quase 13 anos depois, acusado de matar professor a facadas e tesouradas vai a Júri Popular
A perícia encontrou 67 perfurações no corpo de Gilmar, três delas no coração e um corte profundo no pescoço.
Será levado a julgamento na próxima quarta-feira (20) no Tribunal do Júri da Comarca de Patos de Minas o acusado de assassinar o professor Gilmar Eustáquio da Silva. Leandro Caixeta Alves, conhecido como Pombinho, sentará no banco dos réus quase 13 anos após o crime. Os familiares do educador cobram por justiça.
O crime aconteceu no dia 27 de setembro de 2009. O professor Gilmar foi encontrado sem vida, por um sobrinho, na noite do dia seguinte. Ele estava caído na sala do apartamento onde morava na rua Diacuí, bastante ensanguentado. A perícia encontrou 67 perfurações no corpo de Gilmar, três delas no coração e um corte profundo no pescoço.
Uma tesoura usada pelo homicida ficou cravada no alto das costas do educador. A faca foi encontrada dentro do vaso sanitário e uma segunda tesoura foi quebrada na ação. As investigações levaram a Leandro Caixeta Alves. Ele confessou o crime na época e disse que matou o professor para se defender.
No depoimento à Polícia, Leandro disse que se desentendeu com o professor por causa de uma insinuação sexual. O professor teria partido para cima dele que, para se defender, desferiu as facadas e tesouradas. Na época, o Ministério Público chegou a pedir a condenação do jovem por latrocínio, já que o dinheiro do consórcio que Gilmar havia recebido desapareceu. A denúncia, no entanto, ficou apenas como homicídio.
O julgamento acontece na tarde desta quarta-feira (20) no Tribunal de Júri do Fórum de Patos de Minas. Familiares de Gilmar fizeram postagens nas redes sociais relembrando o caso que teve grande repercussão na cidade. Eles já realizaram outras manifestações e agora se mobilizam para que a Justiça seja feita.