Professor que tentou beijar aluno é indiciado por assédio e ameaça em MG
O professor também contava sobre práticas sexuais próprias, além de mostrar fotos dele despido ou em roupas íntimas.
Um professor, de 36 anos, foi indiciado pela Polícia Civil
de Minas Gerais (PCMG) por assédio sexual e ameaça, crimes cometidos no final
de maio deste ano em uma escola municipal de Corinto, região Central do estado.
A investigação iniciou por requisição do Ministério Público, após reunião com a
direção da escola e os alunos da turma que reportaram a conduta abusiva do
professor.
Em maio deste ano, servidoras da escola municipal foram
procuradas por alunos do 9º ano, todos menores de 18 anos, que denunciaram
constrangimento por parte do professor com a finalidade de obter favorecimento
sexual. O investigado ministrou aulas de história em substituição à professora
titular.
O inquérito policial foi concluído nessa quarta-feira (8/11)
e encaminhado à Justiça.
Conduta abusiva
Conforme repassado pelos alunos (tanto vítimas quanto
testemunhas), o investigado, durante o horário de aula, teria realizado um jogo
intitulado “verdade ou desafio”, que consiste em girar uma garrafa e, para quem
o gargalo apontar, é feita uma pergunta. Nesse momento, o professor se
aproveitou para realizar questionamentos aos alunos, sempre de forma invasiva e
com temas de cunho sexual.
Os estudantes contaram que eram feitas perguntas íntimas
sobre a vida e a orientação sexual deles, sendo que o professor também contava
sobre práticas sexuais próprias, além de mostrar fotos dele despido ou em
roupas íntimas.
Ainda segundo relatos, na mesma ocasião, o suspeito teria
pedido para uma aluna, de 14 anos, a desafiar outro estudante, de 16, a beijar
o professor. Como a menina se recusou a fazer a pergunta, o suspeito foi em
direção ao adolescente, com intuito de beijá-lo, quando o aluno abaixou a
cabeça.
Denúncia
Após denúncia dos alunos à direção da escola, o professor
foi advertido e afastado temporariamente das funções, de forma administrativa
e, posteriormente, o contrato não foi renovado. Insatisfeito, o suspeito teria
ameaçado duas alunas de morte.
Todos os fatos foram corroborados pelos alunos ouvidos e
pela diretoria da escola.
Fonte: Ascom PCMG