Prisão de detento que virou religioso leva polícia a desvendar série de estupros em Patos de Minas
As investigações ganharam novos rumos após a prisão de um ex-presidiário que havia se convertido à religião.
A Polícia Civil de Patos de Minas conseguiu desvendar a série de estupros que ocorreu nos últimos meses na cidade. As investigações ganharam novos rumos após a prisão de um ex-presidiário que havia se convertido à religião e até atuava como pastor, pregando o evangelho e convencendo outros detentos a entregarem suas armas e a entrarem para a igreja.
Fábio Martins Rocha, de 30 anos, foi preso na noite de segunda-feira (18) depois de abordar uma jovem no momento em que ela fechava a loja na avenida Patrício Filho, no bairro Morada do Sol. Primeiro, ele anunciou um assalto, mas depois empurrou a moça para o provador e começou a acariciar seus seios. Ele chegou a descer a calça quando a jovem começou a gritar. Pessoas que estavam nas imediações conseguiram segurar Fábio até a chegada da polícia.
Fábio, conhecido como Bin, foi indiciado por tentativa de assalto e estupro e passou a ser investigado pela Polícia Civil por outros crimes parecidos ocorridos na cidade. Ele prestou inúmeros depoimentos nos últimos dias. O delegado regional, Luiz Mauro Sampaio, não confirma se é ele o autor dos estupros, mas agendou para a tarde desta sexta-feira (22) uma entrevista coletiva para esclarecer sobre os crimes de abuso sexual.
A onda de estupros ocorrida em Patos de Minas nos últimos meses era motivo de preocupação entre as autoridades de segurança e vinha deixando a população assustada. Muitas mulheres já não conseguiam andar sozinhas em determinados locais e horários. Diversos protestos foram realizados e a população vinha cobrando uma resposta por parte da polícia.
Na tarde desta sexta-feira (22), a Polícia Civil irá revelar a identidade do homem que abusou sexualmente de tantas mulheres em Patos de Minas. O autor teria confessado os crimes ocorridos nos últimos meses, o que em princípio, segundo a polícia, não incluiria os estupros ocorridos no final do ano passado, cuja autoria é atribuída a outro homem que continua preso.
Autor: Maurício Rocha