Presidente da AMAPAR explica decisão dos prefeitos da região de flexibilizar restrições
Como esta região está fechada há mais tempo do que o restante do Estado, os chefes de executivo entendem que é possível fazer alguns concessões sem por em risco o aumento da proliferação da Covid-19.
O presidente da Associação dos Municípios da Microrregião do Alto Paranaíba – AMAPAR – e prefeito de Carmo do Paranaíba, César Caetano, concedeu entrevista coletiva na sede da entidade para explicar a decisão dos prefeitos de flexibilizar setores da economia. Como esta região está fechada há mais tempo do que o restante do Estado, os chefes de executivo entendem que é possível fazer algumas concessões sem por em risco o aumento da proliferação da Covid-19.
A decisão aconteceu em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (19). Os prefeitos discutiram a Onda Roxa do Governo do Estado de Minas Gerais e os resultados das medidas adotadas nos últimos dias. O presidente da Amapar, César Caetano de Almeida, disse que a decisão de flexibilizar não foi um embate com o governador e se os números piorarem os prefeitos voltarão a fechar novamente.
De acordo com o Presidente da Amapar, por ter se antecipado nas medidas de combate à Covid-19, a microrregião do Alto Paranaíba, na qual estão inseridos Patos de Minas e outros 17 municípios, houve resultados positivos na queda no número de casos, dados que podem ser observados no painel de monitoramento da Secretaria de Estado de Saúde. Paralelo a isso, com os esforços dos prefeitos da região, a rede de assistência de saúde tem sido ampliada e novas estratégias adotadas para prestar uma melhor assistência à população.
Ao analisarem o cenário, por unanimidade, prefeitos deliberarem por meio de votação, pela flexibilização de alguns setores nos próximos dias, a exemplo do município de Patrocínio, que com parecer jurídico e segurança em suas ações, optou pela retomada gradual de algumas atividades econômicas. Essa é, inclusive, uma das grandes preocupações dos prefeitos, além da saúde pública, considerando que a região que já caminha para 45 dias de restrições em diversos setores de comércio, com impactos incalculáveis aos empreendimentos.
Portanto, algumas atividades consideradas não-essenciais na Onda Roxa, poderão retomar suas atividades, com as devidas restrições, após a edição dos decretos em cada município. Comerciantes, bem como a população em geral, devem estar atentos às imposições do documento e continuarem colaborando com o poder público, e, principalmente, resguardando a própria saúde. O objetivo final é sempre, conseguir diminuir a curva de contaminações, internações e óbitos pela Covid-19 e, assim, avançar cada vez mais na abertura dos setores econômicos e outras atividades.
Ainda durante a reunião, os prefeitos concordaram que as medidas propostas pela Onda Roxa são emergenciais e essenciais em um cenário de colapso em saúde pública, mas também entendem que, como a região do Alto Paranaíba, já vinha se antecipando nessas restrições e vem conseguindo estruturar melhor sua rede de saúde, este é o momento certo para começar a pensar em uma retomada da economia. Os chefes de Executivo ainda se propuseram a estarem atentos ao comportamento do número de contaminações a partir das novas medidas e, caso seja necessário, o retrocesso não está descartado em um curto período de prazo.
Importante ressaltar que, embora a decisão de flexibilizar setores da economia tenha sido deliberada em comum acordo entre os municípios circunvizinhos, cada um deles tem autonomia para editar seu decreto de acordo com a realidade de cada cidade. O que a AMPAR propõe para o momento é que os prefeitos continuem alinhados, seguros em suas decisões, para que as ações em cada cidade, não venham em nossa rede de assistência em saúde como um todo.