Prefeitura começa a transferir pacientes e monta força-tarefa para abrir mais leitos Covid-19
Na manhã desta sexta-feira (26), a unidade estava com mais de 100 pacientes, 30 deles na área de pronto atendimento aguardando a liberação de um leito.
O Hospital de Campanha chegou ao limite da capacidade. Na manhã desta sexta-feira (26), a unidade estava com mais de 100 pacientes, 30 deles na área de pronto atendimento aguardando a liberação de um leito. Os hospitais particulares também estão superlotados. O sistema de saúde em Patos de Minas entrou em colapso.
A secretária municipal de saúde, Ana Carolina Caixeta Magalhães, disse que a Prefeitura montou uma força-tarefa, envolvendo profissionais de todas as secretarias, para abrir novos leitos no Hospital de Campanha. Ela destacou, no entanto, que não basta simplesmente abrir espaços e por uma cama. É preciso equipar e encontrar profissionais.
Na manhã desta sexta-feira (26), a procura era tanta no Hospital de Campanha que a própria secretária de saúde teve que vestir os equipamentos de segurança e ir para a linha de frente ajudar no atendimento. “A hora que precisa a gente vira assistencial, vira mão de obra porque a prioridade é salvar vidas”, disse Ana Carolina que é enfermeira de formação.
Diante do colapso no sistema de saúde do município, com leitos lotados nos hospitais públicos e também na rede particular, a Prefeitura de Patos de Minas, que é polo para todas as cidades da região, também começou a ter que transferir pacientes para outros municípios. Pelo menos duas pessoas em situação grave foram levadas para Pirapora e Unaí nesta quinta-feira (25).
A grande preocupação, segundo a secretária municipal de saúde, é que os casos de Covid-19 em Patos de Minas não param de aumentar. Ana Carolina destacou que a curva de contaminação continua elevada e pediu a colaboração da população. “Nós temos que lembrar que essa curva está crescendo rápido demais e para frear ela é só com a ajuda da população. Se a gente não conseguir frear a quantidade de pessoas que estão sendo contaminadas e que precisam do atendimento, nós podemos abrir vários leitos que não vão ser suficientes por causa da velocidade que essas transmissões estão acontecendo”, disse a secretária de saúde.