Polícia apresenta detalhes do assassinato de Fabiana e prevê até 43 anos de prisão para Hugo

O inquérito de mais de 200 páginas traz depoimentos e faz uma cronologia dos fatos que ocorreram antes, durante e após o assassinato.

Imagem Patos Hoje

A Polícia Civil apresentou na manhã desta sexta-feira (22) detalhes do brutal assassinato de Fabiana dos Reis Gonçalves Barbosa, de 20 anos. O crime foi cometido no dia 05 de julho deste ano pelo ex-namorado da estudante, Hugo Franciel, que não se conformava com o fim do relacionamento.  O inquérito de mais de 200 páginas traz depoimentos e faz uma cronologia dos fatos que ocorreram antes, durante e após o assassinato. O indiciamento prevê pena de até 43 anos para o autor. Ele está preso desde o dia 7 de julho.

O delegado de crimes contra a vida, Érico Rodovalho, elaborou uma apresentação detalhada de todo o trabalho realizado pela Polícia Civil. A motivação do crime é revelada nas conversas entre Hugo e Fabiana no dia anterior. Como aconteceu outras vezes, Hugo havia terminado o relacionamento de cerca de 2 anos. Só que desta vez, Fabiana não queria mais reatar o namoro. Então, Hugo começou a fazer chantagens e ameaças.

Nas conversas pelo WathsApp, Hugo faz chantagens e ameaça tirar a própria vida. A troca de mensagens é ameaçadora, tanto que por volta de 1h da madrugada do dia do crime, Hugo envia fotos de armas e munições para Fabiana. Ele não fala em matar a estudante e sim em tirar a própria vida. Com medo de que algo ruim pudesse acontecer, a estudante pergunta se ele quer conversar. Fabiana marca um encontro para a manhã do dia seguinte.

A esta altura, Hugo já havia decidido matar a ex-namorada. Ele teria ficado transtornado ao ver uma foto em que Fabiana aparece na academia de ginástica em companhia de outras pessoas e próxima a um instrutor. Após enviar a foto com as armas, ele mudou o perfil e passou a enviar mensagens ameaçadoras. “Vocês não queriam o inferno ... vcs terão o inferno”, diz uma das mensagens. No perfil do aplicativo, Hugo escreve “todos que me fizeram chorar... irão chorar agora”.

No dia do encontro, Hugo pegou Fabiana perto de um ponto de ônibus como combinado, e os dois seguiram para a casa dele. Foi lá que começaram os desentendimentos. O clima ficou tenso quando Fabiana enviou uma mensagem para a mãe pedindo para que ela chamasse a polícia. Os dois entraram no carro e seguiram para a região da Ponte do Bigode, onde ocorreu o assassinato. Hugo enforcou Fabiana e depois amarrou a blusa em seu pescoço, a arrastou para o bambuzal, prendendo-a em um toco, e cobriu o corpo com folhas.

Após o crime, Hugo teve que pedir ajuda para retirar o carro que estava preso em uma vala na beira da estrada. Depois disso, ele passou em casa e seguiu para o bairro Chácaras Caiçaras, fugindo em seguida para o meio do mato. De acordo com o delegado Érico Rodovalho, a apresentação dele estava sendo negociada, mas antes da prisão feita pela Polícia Militar, ele tentou roubar um carro usando uma faca e decidiu voltar para a cidade.

Segundo o delegado, Hugo disse que viria para Patos de Minas para matar o jovem que aparece na foto junto com Fabiana. Por tudo isso, Hugo Franciel foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e tentativa de roubo, cuja pena pode chegar a 43 anos de prisão. O inquérito foi encaminhado para o Ministério Público para que seja feita a denúncia. Hugo permanece preso no Presídio Sebastião Satiro.

Autor: Maurício Rocha

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