Plateia lota tribunal no júri do acusado de espancar namorada até a morte

Márcio Silva Pereira, o Zangão, chegou a rezar durante o julgamento e a mãe da vítima está emocionada.


O réu foi interrogado e confirmou a versão apresentada anteriormente.
O julgamento de um crime de maior repercussão nos últimos tempos em Patos de Minas começou com o plenário lotado de familiares, amigos, estudantes e pessoas que acompanharam a história cruel. Muitos estão assistindo de pé ao julgamento. Márcio Silva Pereira, o Zangão, chegou a rezar durante o julgamento e a mãe da vítima está emocionada.

O julgamento começou por volta das 14h00. O réu foi interrogado e confirmou a versão apresentada anteriormente. Segundo ele, fez uso de cocaína antes das agressões contra a namorada, Maria Helena Priscila Fernandes. Ele contou que, antes de fugir da casa, prestou socorro à vítima e ela estava lúcida. Ele afirmou que se entendeu com ela antes de fugir.

Ele se refugiou no meio do mato onde não havia energia, por isso só soube depois que ela havia morrido. O promotor de Justiça, Dr. Paulo César Freitas, veio em seguida e fez alguns questionamentos, porém ele não respondeu, atendendo a recomendações dos advogados de defesa. O promotor apresentou um bastão que Márcio havia utilizado para agredir a garota.

O advogado de defesa, Dr. Gustavo Virgílio, perguntou sobre como ele havia chegado em casa na noite do crime e também se havia facas no interior da residência. Quanto a esta última pergunta, ele disse que trabalhava em um frigorífico, por isso havia tanto as facas comuns da cozinha quanto facas de uso profissional. Ele também disse que recebeu ameaças de morte.

O crime que chocou a sociedade patense e repercutiu em todo o estado aconteceu em maio de 2011. Zangão chegou em casa de madrugada e teria passado horas espancando a companheira na época com 16 anos. A garota foi internada em estado grave, passou por uma cirurgia de emergência e faleceu pouco tempo depois no Hospital Regional Antônio Dias. Na época, o Patos Hoje registrou em fotos as marcas da violência a que foi submetida a garota.

Zangão foi preso alguns dias depois pela Polícia Militar. Ele confessou que espancou a companheira e disse que estava cego de ciúmes. No dia do crime Márcio teria flagrado a companheira em companhia de outro homem atrás de um dos banheiros do Parque de Exposições. As agressões ocorreram quando o casal chegou em casa.

A defesa de Zangão alega que ele não tinha a intenção de matar a companheira. Mas o Ministério Público pediu a condenação de Márcio Silva Pereira por homicídio triplamente qualificado. O promotor de justiça, Paulo César de Freitas fez a denúncia e, mesmo estando em outra promotoria, vai sustentar a acusação. A sentença deve sair só à noite.

Autor: Farley Rocha

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