PF desmonta quadrilha que adultera leite e vendia em Minas e na região
Um laudo comprovou que o leite longa vida estaria recebendo doses de água, açúcar e cloreto e sendo vendido no Estado.
A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Estadual e com o apoio do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) – vinculado ao Ministério da Agricultura – deflagrou na manhã dessa sexta-feira (17), a Operação Ouro Branco II, a fim de desmontar um esquema criminoso de adulteração de leite nos municípios de Campo Belo (MG) e de Leopoldina (MG). Um laudo comprovou que o leite tipo UHT longa vida estaria recebendo doses de água, açúcar e cloreto e sendo vendido em diversas partes do Estado, inclusive na região.
Os policiais federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão: um na Cooperativa dos Produtos de Leite de Leopoldina de Responsabilidade LTDA, que produz o leite ‘LAC’; e o outro na empresa Novamix Industrial e Comercial de Alimentos LTDA, que produz o leite ‘Fazenda Mineira”. Laudos periciais indicaram que as referidas empresas estariam acrescentando água e/ou açúcar, assim como cloretos, no leite tipo UHT longa vida integral por elas produzidos, tornando-os impróprios para o consumo humano.
Para quem não se lembra, no ano de 2007, 27 pessoas foram presas com a Operação Ouro Branco I, que atingiu a Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil) e a Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande (Coopervale). As empresas foram acusadas de adicionar grandes quantidades de soda cáustica (hidróxido de sódio) e de água oxigenda (peróxido de hidrogênio), dentre outros produtos químicos.