Pesquisadores da UFU participam de estudo mundial do transmissor da esquistossomose

A doença atinge cerca de 200 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que 20 milhões estão sofrendo graves consequências da doença.

Professores Matheus de Souza Gomes e Laurence Rodrigues do Amaral integraram a equipe internacional que realizou o estudo sobre genoma do caramujo Biomphalaria glabrata. (Foto: Arquivo dos pesquisadores)

Pesquisadores da UFU – Patos de Minas fazem parte de um estudo mundial que fez o sequenciamento e análise do genoma do caramujo Biomphalaria glabrata, espécie mais importante na transmissão da esquistossomose no país. A doença atinge cerca de 200 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que 20 milhões estão sofrendo graves consequências da doença. No Brasil, estima-se que aproximadamente 9 milhões de pessoas estejam infectadas.

Os professores Matheus de Souza Gomes, do Instituto de Genética e Bioquímica e Laurence Rodrigues do Amaral, da Faculdade de Computação, ambos do Campus Patos de Minas, integraram a equipe que realizou o estudo. "Nosso grupo da UFU Patos de Minas buscou identificar moléculas envolvidas em vias de silenciamento gênico no caramujo, abrindo novas oportunidades para busca de novos alvos e controle da esquistossomose no Brasil", afirma Gomes.

O estudo foi realizado em colaboração com o pesquisador Coen M. Adema, da University of New Mexico, e mais 117 pesquisadores de 50 instituições localizadas nos Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, França, Canadá, Austrália, Dinamarca, Alemanha, Holanda e Quênia.

Na UFU, o estudo foi feito no Laboratório de Bioinformática e Análises Moleculares (LBAM), coordenado pelo professor Matheus de Souza Gomes, que conta com uma infraestrutura computacional para realizar pesquisa relacionada principalmente à mineração de dados biológicos e análise de dados genômicos e transcriptômicos.

O trabalho identificou as proteínas envolvidas na via de processamento de pequenos RNAs (ácido ribonucleico) e também os miRNAs (pequenos RNAs) efetores do processo. "Essas pequenas moléculas têm participação primordial em várias atividades celulares, incluindo desenvolvimento e diferenciação celular, ativação da resposta imune, entre outras. A descoberta desses pequenos RNAs e de sua via de processamento em B. glabrata abre uma gama de oportunidades para o estudo e torna essas moléculas potenciais alvos para busca de novas terapias para o controle da esquistossomose", explica Gomes.

Um artigo sobre o trabalho foi publicado no dia 16 de maio na Revista Nature Communications, em que também estão disponíveis os dados utilizados para a comunidade científica.

Autor: Maurício Rocha

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