Pesquisa da Fundação João Pinheiro revela hábitos de vida dos moradores da região
Os dados vão servir para subsidiar o planejamento de políticas públicas que incentivem hábitos saudáveis.
No Noroeste, 39% das pessoas sofrem com a hipertensão arterial, doença de coluna, doença cardíaca, depressão, diabetes entre outras. Nesse quesito, o Alto Paranaíba aparece em segundo lugar, 37%.
Na análise do comportamento preventivo, a pesquisa aponta que o Noroeste está entre as regiões que abriga o maior número de pessoas que não praticam atividade física (80,8%), ficando atrás apenas do Rio Doce (82,8%) e Jequitinhonha e Mucuri (83,6%). Já a região do Alto Paranaíba detém o segundo maior percentual de pessoas ativas (15,5%). O Sul de Minas aparece em primeira posição (16,4%).
De acordo com o estudo, o consumo de bebida alcoólica é maior no Noroeste (28,2%), na Região Central (27,9%) e no Triângulo Mineiro (26,3%). Já com relação à frequência, os moradores da Zona da Mata e do Rio Doce são os que mais consomem bebida alcóolica diariamente, 12,4% e 11,1%. Nesse recorte, o Noroeste alcança um percentual de 8,6%, o Triângulo de 6,7% e o Alto Paranaíba de 5,4%.
Em se tratando do tabagismo, o número de fumantes também é maior no Noroeste do Estado (17,1%). Entre as regiões pesquisadas, o Alto Paranaíba aparece na quinta posição (14,9) e o Triângulo Mineiro na sétima (13,8). O menor índice de fumantes foi registrado no Norte (10,6%).
Ainda na análise do comportamento preventivo, a pesquisa mostra que 8,3% dos entrevistados no Noroeste nunca realizaram exames de medição de pressão arterial, segundo maior percentual. O primeiro foi registrado no Jequitinhonha e Mucuri (10,6%). É no Triângulo Mineiro e na Região Metropolitana que as pessoas mais recorrem ao procedimento, nessas regiões apenas 4,5% relataram nunca ter realizado o exame.
Segundo a pesquisa, menos da metade dos moradores do Noroeste têm o hábito de comer frutas, legumes e verduras (48,6%). Esse hábito é maior no Triângulo Mineiro (74,4%). O Noroeste também abriga o maior percentual daqueles que revelaram comer carnes com excesso de gordura (52,6%). O número é menor na RMBH (40,9%). O Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba registraram 44,6% e 44,9%, respectivamente.
PAD
A PAD é desenvolvida em parceria com o Escritório de Prioridades Estratégicas e com apoio do Banco Mundial e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). O estudo é realizado a cada dois anos e tem como objetivo conhecer em profundidade as características socioeconômicas, demográficas e culturais da população mineira.
Fonte:
Agência Minas