Personagem de livro do SENAR, cafeicultor de Patos de Minas quer ampliar exportações

Há quase quatro anos, o sobrinho dele, Gustavo Braga Fernandes, de 36 anos de idade, é quem toma conta do negócio.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR – lançou o livro “ATeG – Cinco etapas da transformação rural” para mostrar práticas bem sucedidas da agricultura. A Fazenda Caixetas, do cafeicultor Ipojucan Fortunato, no município de Patos de Minas, foi um dos casos de sucesso do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) narrados no livro. Ipojucan Fortunato é engenheiro civil e reside em São Paulo. Há quase quatro anos, o sobrinho dele, Gustavo Braga Fernandes, de 36 anos de idade, é quem toma conta do negócio.

No início do mês, Gustavo recebeu de representantes do Sindicato local e do gerente regional do Sistema FAEMG em Patos de Minas, Sérgio Coelho, em mãos, a obra que narra a sua evolução com o Programa, juntamente com outras 32 histórias de cafeicultores de todo o país. “Foi uma grande surpresa, fiquei muito feliz. A gente está sempre na correria para entregar um café de qualidade aos clientes e acaba esquecendo de pensar na nossa história, na nossa evolução. Nos sentimos privilegiados em fazer parte desse trabalho e isso só nos estimula a continuar”.

Ipojucan Fortunato comprou a propriedade em 1997, quando foram plantados os primeiros pés de café. Atualmente, são 400 mil pés em 80 hectares. Dois irmãos de Ipojucan e outra sobrinha dele tomaram conta do negócio até Gustavo assumir, em 2018. Graduado em medicina veterinária, ele enfrentou muitos desafios no começo, mas buscou conhecimento, ingressou no ATeG do SENAR e hoje colhe excelentes resultados. “Quando assumi, o que eu conhecia de café vinha do meu avô, mas na época dele era totalmente diferente. Com o ATeG, eu organizei as contas, comecei a fazer o gerenciamento do negócio e adquiri muito conhecimento para produzir cafés especiais. Confiei no SENAR para essa assistência e só tenho a agradecer”.

Olho no exterior

A expectativa para a próxima safra, que foi bastante prejudicada pelo clima, é de colher cerca de 2,5 mil sacas de café. A maior parte é comercializada no exterior, por meio de exportadoras, mas, em breve, Gustavo pretende negociar diretamente com os compradores externos - e, para isso, também contou com ajuda do SENAR. “Fui convidado pelo SENAR a participar da Semana Internacional do Café, em 2019, em BH. Lá, conheci uma startup que faz a intermediação com o mercado externo, e nós mesmos, produtores, comercializamos diretamente. Eu mesmo negociando, consigo vender por um preço muito melhor. Queremos continuar investindo nos cafés especiais para atingir novos mercados”.

O técnico do ATeG, Fernando Couto, destaca que a situação na propriedade é muito favorável para mais crescimento. “O Gustavo e a família são muito empreendedores e antenados às novas tecnologias para o manejo da lavoura. Através do ATeG, nós buscamos fazer uma boa gestão, com acompanhamento dos indicadores técnicos e econômicos da atividade e com isso, conseguimos também ter dados para melhores tomadas de decisões futuras, seja no aprimoramento do manejo ou na identificação de oportunidades para agregação de valor ao produto, acessando novos mercados e investimento em melhoria da qualidade de bebida. Hoje a fazenda tem uma excelente estrutura para produção de cafés de alta qualidade e com alto valor agregado”.

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