Patense doa calça com quase R$4,5 mil e vítima de enchente devolve dinheiro

O morador do Distrito de Itamuri recebeu uma calça doada por um patense com quase R$4.500,00 no bolso e devolveu o dinheiro.


O vendedor de roupas patense, Reis Simão Tavares, foi quem fez doação.
Uma desconhecida vítima das enchentes de Minas Gerais deu um exemplo de honestidade. O morador do Distrito de Itamuri, no município de Muriaé, recebeu uma calça doada por um patense com quase R$4.500,00 no bolso e devolveu o dinheiro. O vendedor de roupas patense, Reis Simão Tavares, foi quem fez doação.

A surpreendente história começou com um ato de solidariedade do patense. Reis Simão separou duas embalagens de roupas e levou até a Praça do Fórum, onde os policiais estavam recebendo os donativos. O engano só foi percebido seis dias depois, quando as doações já tinham partido para atender as vítimas das enchentes.

Ele chegou a ir até o 15 º BPM, mas não havia mais nada que podia ser feito. Ele, então, registrou uma ocorrência para tentar sustar os cheques e teve muito trabalho. Reis informou que os cheques eram de clientes que chegaram a desconfiar da história. “Passei muito trabalho” contou. E mesmo assim não conseguiu sustar alguns cheques e já tinha se conformado com a perda do dinheiro.

Mas, a bela atitude foi agradecida também com uma bela ação. De acordo com o Ten Vilela, após passar pela triagem da Defesa Civil em Muriaé, a calça foi levada para o Distrito de Itamuri sem ninguém perceber o que havia no bolso. Só a pessoa que recebeu a calça que percebeu que o dinheiro estava lá.

Depois de ver o engano, mesmo passando por dificuldades, a pessoa foi até a Defesa Civil e entregou o dinheiro. Então, a Secretaria de Defesa Social de Muriaé entrou em contato com o Ten Vilela que entregou os cheques para o verdadeiro proprietário. Com muita satisfação, Reis recebeu os seis cheques que somam R$4.483,00 e agradeceu.

Ele contou que vai continuar ajudando as pessoas que necessitam e incentivou a população a ser solidária. O Ten Vilela, um dos coordenadores da campanha em prol das vítimas das enchentes, elogiou as duas atitudes. “Mesmo em um momento de dificuldade a pessoa que podia ter descontado os cheques devolveu. Foi uma ação humanitária que não tem preço”, elogiou.

Autor: Farley Rocha

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