Pais de bebê internada com ferimentos graves no Hospital Regional podem ter matado outro filho

A mãe disse que o companheiro teria asfixiado o outro filho no ano passado por não suportar seu choro

O caso da bebezinha internada com ferimentos graves no Hospital Regional em Patos de Minas ganhou um enredo ainda mais medonho. A jovem de 21 anos que foi presa ao lado de seu atual companheiro por tentativa de homicídio contra a própria filha recém-nascida afirmou, na Delegacia, que o marido matou outro filho do casal, também recém-nascido, no ano passado. A morte da criança foi objeto de investigação policial, mas, à época dos fatos, a mulher sustentou que ela havia morrido de causas naturais. Agora, o caso será reaberto.

O caso tenebroso chegou ao conhecimento das autoridades depois que Sara Silveira Gonçalves foi conduzida à delegacia quando levou sua filha recém-nascida ao hospital com as duas pernas e a clavícula quebradas na segunda-feira (22) em João Pinheiro. Durante o seu depoimento sobre as agressões recentes, ela acabou contando que seu companheiro João Paulo Silva de Souza matou outro filho do casal no ano passado.

Nesta quarta-feira (24), a informação foi confirmada pelo delegado Dr. Danniel Pedro, que contou que a jovem informou que João Paulo matou a criança, à época, sufocada com um travesseiro porque, simplesmente, não aguentava mais vê-la chorar.

Apesar da gravidade da situação, Sara sustentou por quase um ano que a criança havia morrido de causas naturais e só mudou sua versão quando foi questionada nessa segunda (22) quando notou a proporção que o caso estava tomando.

“A genitora confessou que, na verdade, quem foi o responsável pela morte dessa criança foi o pai, que a criança estava chorando enquanto ele dava mamadeira, a criança chorava, e ele bastante nervoso e motivado por ciúmes com relação à esposa, ele acabou amarrando a genitora e com ajuda de um travesseiro, sufocou a criança até a morte. À época, o laudo apontou que a causa da morte da criança pode ter sido asfixia mecânica, o que corrobora com a versão da genitora nesta segunda-feira (22)”, destacou o delegado Dr. Danniel Pedro.

O delegado explicou, ainda, que foi aberto um inquérito para apurar a morte da criança, mas a versão da genitora no sentido de que havia sido morte natural, até então, era tida como verdade. Agora, com sua nova declaração, as investigações serão retomadas e ela também poderá responder pela morte da criança.

“Existiu um inquérito, entretanto a genitora tinha dado declaração diferente. Dessa forma, o quadro probatório mudou e agora vamos apurar se ela teve participação omissiva pelo crime praticado pelo marido e, se for constatado que ela foi omissa, ela poderá ser indiciada por homicídio. Ela foi ouvida em julho do ano passado”, destacou o delegado. A outra criança segue internada no Hospital Regional em Patos de Minas.

Fonte: JP Agora

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