Pacientes vivem mais um dia de caos na Unidade de Pronto Atendimento
A UPA da avenida Marabá viveu mais um dia de caos e de reclamação.
Os pacientes reclamavam que era apenas um médico para atender a centenas de pacientes. A dona Iracema chegou à UPA por volta de 9h da manhã, já passava das 17h30 e ela ainda não tinha sido atendida. O mesmo aconteceu com o estudante Pablo Roberto da Costa. Com suspeita de dengue, ele foi até a Unidade de Pronto Atendimento e se revoltou com a demora.
Jovens, adultos e muitas mães com crianças nos braços à espera de atendimento. Pessoas carentes que tiveram que enfrentar a fila de espera, a falta de estrutura da Unidade de Pronto Atendimento e a fome. Muitos pacientes reclamavam que estavam sem almoço por falta de dinheiro para comprar o lanche ou por medo de perder o lugar na fila.
A dona Alice Fonseca Caixeta aproveitou para mostrar as condições precárias do mobiliário da Unidade de Pronto Atendimento. Além de não possuir número de cadeiras suficientes, as que existem ainda estão quebradas. “O paciente chega aqui doente e não tem nem como escorar, pois as cadeiras estão quebradas”, afirmou.
A situação do Silas era a mais comovente. Ele foi levar os filhos gêmeos recém-nascidos para receber atendimento médico e teve que esperar. Ele e a esposa estavam indignados com a falta de médicos, mas não mais do que a Daniela. A estudante paralisou uma parte do corpo e foi em busca de atendimento. O tempo de espera foi de causar revolta.
Até a Polícia Militar foi acionada para evitar maiores transtornos na Unidade de Pronto Atendimento. Os funcionários acionaram o reforço na segurança para conter a revolta de alguns pacientes.
O orçamento da Secretária Municipal de Saúde de Patos de Minas só para este ano de 2013 é de R$ 114,9 milhões. A Prefeitura tem enviado nota a imprensa nos últimos dias informando a contratação de médicos clínicos e pediatras. O órgão está com dificuldades para encontrar esse tipo de profissional.
Autor: Maurício Rocha