Pacientes indignados relatam demora de 8 horas no atendimento da UPA e cobram medidas

Maria Ilza contou que chegou à UPA por volta das 12h00 e até as 17h10 não havia recebido atendimento médico.

Reportagem atualizada às 14h06 desta quinta-feira (04)

Os pacientes que precisam da UPA do Bairro Jardim Peluzzo não estão nada satisfeitos com o atendimento. Nesta quarta-feira (03), pacientes relataram uma demora de mais de 8 horas para serem atendidos. O pior é que esta fila de espera na unidade tem sido frequente.

Maria Ilza Moreira que sofreu uma queda, tendo ferimentos no cotovelo e pé, é uma das pacientes que estão indignadas com a demora no atendimento. Ela contou que chegou à UPA por volta das 12h00 e até as 17h10 não havia recebido atendimento médico. “Eles disseram que ia demorar mais”, disse.

Ela pediu mais dignidade à população. Vera Lúcia foi outra paciente que conversou com nossa reportagem. Ela disse que o portão eletrônico acertou sua mão o que resultou em um grande inchaço. Ela também protestou contra a demora.

E Vera teve mais um problema. Segundo ela, foi até o Hospital Regional primeiro e lá foi informada que o caso dela deveria ser tratado na UPA. E teve mais gente. Um senhor que preferiu não se identificar disse que chegou às 9h00 e até as 17h10 não havia sido atendido.

Os pacientes relataram que o problema na demora do atendimento cresceu bastante após o Hospital Regional e a UPA alterarem os casos que seriam atendidos em cada unidade. Diversos pacientes que eram anteriormente tratados no Regional, agora só são cuidados na UPA.

Porém, parece que não houve tanta melhora. Os pacientes relataram que, enquanto o Hospital Regional passou a receber menos pacientes, houve uma superlotação na UPA sem ocorrer na unidade qualquer ampliação no atendimento médico.

A Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal disse que “A coordenação da UPA informou que houve a abertura de 480 fichas em 24 horas de funcionamento. Dessas, a maioria era de casos de urgência e emergência que foram encaminhados pelo Samu ou de fraturas, suturas e pediatria. Esses casos têm prioridade e são atendidos com maior agilidade. Casos de menos gravidade, classificados pelo protocolo de Manchester nas cores verdes e azuis são atendidos, mas o tempo de espera é maior devido os casos urgentes e de emergência que chegam todo momento à Unidade de Pronto Atendimento. Segundo a coordenação, todos os 5 leitos de Urgência estão ocupados, assim como os 16 destinados à internação, mais 5 de pediatria e os 12 lugares da observação. Muitos casos de urgência e internação são de ortopedia e aguardam abertura de vagas em hospitais conveniados para transferência.”

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