Pacientes ficam mais de 5 horas esperando atendimento na UPA da Marabá
Juliana disse que chegou à UPA pouco depois das 10h da manhã e passou cinco horas esperando.
O início das atividades na UPA Porte III no bairro Jardim Peluzzo não desafogou o atendimento e nem pôs fim à reclamação dos pacientes que buscaram atendimento na Unidade de Pronto Atendimento da avenida Marabá nessa segunda-feira (30). Teve gente que ficou mais de cinco horas na fila de espera até chegar ao consultório do único médico atuando no local.
A Juliana Silva foi até a UPA levar a mãe que, segundo ela, vem passando mal desde o último sábado. A dona de casa disse que a aposentada foi medicada e passou por exames, mas continua apresentando sinais de hemorragia, com sangramentos na boca e na urina e que, por isso, foi levada novamente até a unidade.
Juliana disse que chegou à UPA pouco depois das 10h da manhã e passou cinco horas esperando, sem atendimento, até que decidiu acionar a imprensa. As duas estavam sem almoço, o que aumentava o sofrimento e a preocupação de Juliana com a mãe.
A Elisa também chegou por volta das 10h da manhã. Já passava das 15 horas e ela ainda aguardava atendimento. A dona de casa disse que foi ao posto de saúde e recebeu pedidos para fazer exame, mas que foi mandada para UPA para tomar remédios para aliviar as dores até que os exames fossem liberados.
Na Unidade de Pronto Atendimento fomos informados de que apenas um médico fazia atendimento na tarde dessa segunda-feira. Também não havia atendimento pediátrico. As crianças que chegavam ao local eram encaminhadas para a UPA Porte III do bairro Jardim Peluzzo.
A retirada dos profissionais da UPA da avenida Marabá para por a UPA Porte III em funcionamento deixou os pacientes revoltados. “Desse jeito não adianta. Desvestiu um santo para vestir o outro”, reclamou Elisa.
A UPA Porte III foi aberta às pressas nessa segunda-feira, último prazo estabelecido pelo Ministério da Saúde. A Unidade foi inaugurada em 2012 e estava fechada desde então. Se não fosse aberta até 30 de junho, a Prefeitura teria que devolver os R$ 3,5 milhões que o Governo Federal investiu na construção.
Autor: Maurício Rocha