Operação do MP combate exploração sexual de travestis e transexuais em Uberlândia

O grupo financia procedimentos estéticos realizados clandestinamente e de forma absolutamente ilegal.


O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou na manhã desta segunda-feira, 8 de novembro, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, a Operação Libertas, que visa combater associação criminosa voltada a estabelecer o monopólio da exploração sexual de travestis e transsexuais na cidade e região, mediante a utilização de graves ameaças e lesões corporais graves contra quem tenta praticar a prostituição de forma independente do grupo criminoso. Três mandados de prisão e 11 de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Uberlândia.

Os crimes em apuração são de associação criminosa, exploração sexual, manutenção de casa de prostituição, roubo, lesão corporal, homicídio (tentado e consumado), constrangimento ilegal, ameaça, posse e porte de arma de fogo (arts. 288, 228, 229, 157, 129, 121 e 121 c/c art. 14, 146, 147, todos do Código Penal; assim como artigos 12 e 14 da Lei 10.826/2003.

As investigações são fruto do trabalho em conjunto feito pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), de Uberlândia, e a 18ª Promotoria de Justiça de Uberlândia. A operação conta com a participação da Polícia Militar (9ª RPM), por meio do empenho de 60 policiais para cumprimento das diligências.

Por meio das apurações realizadas pelo MPMG, ficou comprovado que o consórcio criminoso explora uma grande rede de prostituição envolvendo travestis e transexuais em Uberlândia e região, bem como financia procedimentos estéticos realizados clandestinamente e de forma absolutamente ilegal.

As vítimas do esquema são obrigadas a pagar diárias para utilizar “pontos de prostituição” explorados pelo grupo, bem como para utilizar as instalações mantidas pelos investigados, assumindo dívidas cada vez mais crescentes com os líderes da associação criminosa.

Segundo o MPMG, existem relatos, inclusive, de vítima que foi coagida a se prostituir mesmo estando doente, como forma de quitar seus débitos, gerando frutos financeiros ao consórcio criminoso. Constatou-se ainda que a exploração financeira da prostituição de travestis e transexuais é exercida pelo bando sempre com uso de violência e graves ameaças, sendo que em alguns casos, a partir de oitivas realizadas pelo MPMG, existem suspeitas até de homicídios consumados e tentados envolvendo os investigados.

Outro ponto de destaque das apurações foi a verificação da exploração financeira desses travestis e transexuais por meio da implantação de silicone industrial, prática criminosa e altamente perigosa, realizada em locais inapropriados e por pessoas absolutamente inabilitadas, existindo também suspeitas de mortes que ocorreram em decorrência desses procedimentos ilegais capitaneados pelo grupo investigado.

As investigações continuam em andamento, sob segredo de justiça, conduzidas pelo Ministério Público de Minas Gerais.

Fonte: Ascom do MPMG

Últimas Notícias

Motorista perde controle ao olhar para a tela do celular e para tombado em outro carro na av. Fátima Porto

Veja mais

Cobra aparece em residência e moradora pede providências para mato alto em lotes vizinhos

Veja mais

Vizinhos sofrem com sujeira em lote vago e pedem ajuda para conseguir limpeza no Jardim Vitória

Veja mais

Criança escreve carta para mãe relatando assédios e padrasto acaba preso por estupro em Patos de Minas

Veja mais

Jovem acaba preso após exigir dinheiro e desferir socos em passageiro de coletivo

Veja mais

Homem sem uma das mãos é preso por roubo após pular na Lagoa Grande; comparsa também foi preso

Veja mais