Obra na Catedral é paralisada e escadaria derrubada deve ser reconstruída

O Promotor de Justiça, Jacques Souto, determinou a paralisação de toda a obra.


Uma reunião na tarde desta quarta-feira (29) no Ministério Público decidiu que a obra na Catedral Santo Antônio de Pádua terá que ser paralisada.
A intervenção sem autorização na Catedral de Patos de Minas deu o que falar. Uma reunião na tarde desta quarta-feira (29) no Ministério Público Estadual decidiu que a obra na Catedral Santo Antônio de Pádua terá que ser paralisada. A escadaria que foi derrubada também deverá ser reconstruída após uma avaliação do Patrimônio Histórico.

O Promotor de Justiça, Jacques Souto, determinou a paralisação de toda a obra e que um projeto para reconstituição do que foi derrubado seja apresentado ao Conselho Municipal do Patrimônio Histórico. Ele orientou inclusive que os responsáveis pela obra recuperem todo o material que foi retirado da igreja para a reconstituição.

Ele explicou que a Igreja Matriz é tombada pelo Patrimônio Histórico e não poderia sofrer qualquer intervenção sem a aprovação do conselho. “É a lei que manda. Isso configura crime e caso não seja restaurado o Ministério Público entrará com a medida judicial,”explicou. O promotor considerou o caso como gravíssimo. A escadaria foi construída dentro de um contexto histórico de Patos de Minas envolvendo os Borges e os Maciéis, famílias rivais na época.

Os representantes da Igreja Matriz, responsáveis pela reforma, se defenderam dizendo que não sabiam que precisava da autorização do conselho para realizar a obra. Eles também contaram que a escadaria estava correndo risco de desabar. Quanto ao material que foi retirado da igreja, eles falaram que tudo foi jogado fora e não havia mais como recuperá-lo.

Diversos órgãos e autoridades ligados ao Patrimônio Cultural e também ao Meio Ambiente participaram da reunião. O prefeito municipal, Pedro Lucas Rodrigues, tentou ajudar a resolver a situação de forma mais rápida. Por fim, ele criticou a quantidade de imóveis tombados em Patos de Minas. Segundo ele, o tombamento dificulta as famílias de negociarem os bens.

Vane Pimentel, um dos conselheiros do Patrimônio Histórico, contou que o projeto para restauração deve ser apreciado com urgência pelo conselho, porém não sabe o prazo que isso levará. Ele informou que são 14 conselheiros e que eles vão decidir se aprovam ou não a restauração. Ele contou que pela lei, o que foi derrubado terá que ser restaurado.

Os responsáveis pela reforma também contaram que pretendiam construir quatro vagas de estacionamento, tendo que derrubar algumas árvores. Neste caso, o presidente do CODEMA, Ivanildo Alves Zica, orientou que fosse apresentado um projeto junto ao órgão para uma análise antes de qualquer derrubada.

A Catedral foi tombada pelo Município de Patos de Minas através do decreto 3.099 de 20 de maio de 2008. Já a Lei Federal n° 9.605 de 1998, em seu artigo 63, estabelece uma pena de até três anos de reclusão e multa para quem alterar edificação protegida por lei sem autorização da autoridade competente.

Autor: Farley Rocha

Últimas Notícias

Polícia Militar lança operação contra os chamados “rolezinhos do grau” em Patos de Minas

Veja mais

Briga por cobertor termina com homem gravemente esfaqueado em Patos de Minas

Veja mais

Moradores reclamam de asfalto que cedeu três vezes após obra e cobram providências

Veja mais

Mulher foge correndo após furto no Centro de Patos de Minas, mas é perseguida e presa

Veja mais

Enorme jacaré surpreende ao aparecer em rua de Patos de Minas; bombeiros foram acionados

Veja mais

Família que teve casa invadida por enxurrada relembra desespero e pede ajuda da população

Veja mais