O que já se sabe sobre o latrocínio no Mocambo; vítima recebeu abraço antes de ser assassinada

O crime é tratado como latrocínio, que é o roubo seguido de morte.

A Polícia Civil continua investigando o assassinato de Mateus Willian de Jesus Cirilo, de 18 anos, ocorrido na madrugada do dia 28 de maio, no interior do Parque Municipal do Mocambo. O crime é tratado como latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Um jovem de 19 anos foi preso, acusado de participar do crime, mas ainda há outros envolvidos que precisam ser descobertos.

Mateus foi encontrado no interior do Parque Municipal do Mocambo, jogado próxima a uma pequena represa, já sem vida. Ele apresentava diversos ferimentos causados por golpes de faca, principalmente no tórax e no pescoço. Marcas de sangue ficaram espalhadas pelo local. No mesmo dia, a Delegacia de Homicídios começou a trabalhar no caso em busca de respostas para o brutal assassinato.

O primeiro suspeito de participação no crime foi preso horas depois pela Polícia Militar. Vitor Gabriel, de 19 anos, confirmou que estava no local, mas negou ser o autor do assassinato.

Como Mateus foi parar no interior do Parque do Mocambo

O Parque Municipal do Mocambo funciona somente durante o dia. No momento do assassinato, os portões já estavam fechados e surgiram questionamentos sobre a presença dele naquele local. Segundo as investigações, ele e os assassinos pularam a cerca. A informação é que Mateus foi atraído para o local para usar drogas.

A motivação do crime

Segundo investigações da Polícia Civil, Mateus devia R$ 80,00 em drogas para um traficante. Na noite do crime, ele encontrou com o vendedor de drogas no centro da cidade e comprou mais R$ 10,00 de cocaína. Ao fazer o pagamento, ele deixou a mostra uma quantidade considerável de dinheiro no bolso, o que teria chamado a atenção do traficante.

Mateus foi morto de forma covarde

Segundo uma testemunha ouvida pela Polícia Civil, na noite do crime, Mateus e os assassinos estavam no interior do parque consumindo drogas e bebidas. Em determinado momento, a droga acabou e Mateus se dispôs a comprar mais. Ele saiu do Mocambo e voltou com duas porções de cocaína. Quando jogou a droga em cima de uma mesinha que existe no local, Vitor Gabriel teria dito “merece até um abraço”. O segundo autor então se levantou e abraçou Mateus. Nesse instante, Vitor desferiu o primeiro golpe no pescoço do jovem. Ele chegou a dizer “o que vocês estão fazendo comigo”, mas continuou a ser golpeado. A arma usada teria sido um canivete modelo Butterfly, que mudou de mãos. O homem que abraçou Mateus pegou a arma em seguida e terminou de mata-lo, segundo apurou a Delegacia de Homicídios.

O crime é tratado como latrocínio

Ao descobrir que Mateus estava com dinheiro no bolso, o traficante decidiu atrair o jovem para o interior do Parque do Mocambo. Ele foi morto e teve o dinheiro e o telefone celular roubados, o que caracteriza o latrocínio. Uma pochete que estaria com ele também não foi encontrada. As investigações, inclusive, foram transferidas da Delegacia de Homicídios para a Delegacia de Flagrantes e crimes contra o patrimônio.

Quem participou do crime

Além de Vitor Gabriel, que foi preso horas depois do crime e que nega participação na morte de Mateus, a Polícia Civil já sabe que pelo menos mais uma pessoa participou do latrocínio. Aliás, este segundo autor, que já foi identificado pela polícia, teria sido a pessoa que desferiu os golpes que tiraram a vida de Mateus.

O que falta saber

Falta saber qual o paradeiro do segundo acusado de participação no latrocínio.


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