Núcleo de Arte do Unipam promove debate sobre obra de Boccaccio
O Decameron está entre as obras-primas não só da literatura italiana, como mundial de todos os tempos.
Dia 11 de novembro (terça-feira) o Núcleo de Arte e Cultura (NAC) do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM) através do grupo Teatro Universitário de Patos de Minas (TUPAM) apresenta, no teatro Municipal “Leão de Formosa”, às 19h, o espetáculo “DECAMERÃO: o santo Milagreiro” de Boccaccio. A peça é voltada para alunos do ensino médio, especialmente para os vestibulandos.
Após a apresentação teatral haverá uma palestra que será proferida pelo professor Dr. Luis André Nepomuceno, que versará sobre o contexto histórico e artístico da obra de Boccaccio, considerado um irradiador da cultura pré-humanística, que se coloca ao lado de Dante e de Petrarca pela sua alta e originalíssima atividade de escritor. O Decameron está entre as obras-primas não só da literatura italiana, como mundial de todos os tempos.
O “Decameron” foi escrito em 1350, período de transição vivido na Europa - final da Idade Média, após o advento da peste negra.
Na obra há 10 personagens principais que, para fugir da peste, refugiam-se em um castelo, onde nada havia a fazer. Até que o ambiente externo voltasse à salubridade e para passar o tempo, alternam dança, conversação e jogos. Cada um dos personagens se compromete a contar 10 histórias, sendo uma por dia.
O “Decameron” é, portanto, composto por 100 histórias que abrangem as mais peculiares paixões e comportamentos humanos.
O primeiro conto fala do falso “São Ciappelletto”.
Em vida, “Ciappelleto”, assim chamado o personagem da primeira novela, foi o pior homem conhecido naqueles tempos. Na hora de sua morte ele fez uma falsa confissão enganando um santo frade que intercedeu por ele diante de Deus e perdoou suas faltas. Pensando que ele fosse um santo, os frades começaram a falar dele para o povo que passou a considerá-lo “São Ciappelleto”, o milagreiro.
A morte é colocada como transformação no sentido espiritual, estabelecendo a dicotomia: corpo e alma. Enquanto vivo, Ciappelletto era mau, cruel, desonesto. Ao morrer, recebendo as orações dos frades a sua alma não se perde e ele ainda se transforma em santo.
Boccaccio, dessa forma critica a Igreja enquanto instituição. Não duvida da fé em si, mas das superstições, dos falsos milagres e ídolos. A trapaça e a esperteza estão bem definidas em toda a narrativa como característica inerente a quase todos os homens. A sorte, o destino, dá um tom irônico e cômico a essa e outras novelas.
Agradecimentos especiais ao Conservatório Municipal pelo empréstimo do espaço físico e dos instrumentos musicais utilizados nos ensaios iniciais e pelo apoio incondicional aos percussionistas que executam a trilha sonora do espetáculo.
Agradecimentos aos patrocinadores que facilitaram o trabalho do NAC e permitiram o fortalecimento do pensamento reflexivo e a sensibilidade artística dos alunos do ensino médio de Patos de Minas:
UNIPAM, Colégio Equipe, CDT Celular, BN Ferros, Ecosolar, Sacolão Center (Av Brasil), Gráfica Argos, A Ortopédica e Bebidas Artemis.
Cenografia: Marcos Nepomuceno Luiz
Direção Musical: Alcino Dias (Castor)
Direção Geral: Consuelo Nepomuceno
Atores: Débora Tavares, Vivian Cristina, Karla Cristina, Arthur Camargos, Pedro Henrique Nepomuceno, Raquel Brandão e Bianca Moreira.
Após a apresentação teatral haverá uma palestra que será proferida pelo professor Dr. Luis André Nepomuceno, que versará sobre o contexto histórico e artístico da obra de Boccaccio, considerado um irradiador da cultura pré-humanística, que se coloca ao lado de Dante e de Petrarca pela sua alta e originalíssima atividade de escritor. O Decameron está entre as obras-primas não só da literatura italiana, como mundial de todos os tempos.
O “Decameron” foi escrito em 1350, período de transição vivido na Europa - final da Idade Média, após o advento da peste negra.
Na obra há 10 personagens principais que, para fugir da peste, refugiam-se em um castelo, onde nada havia a fazer. Até que o ambiente externo voltasse à salubridade e para passar o tempo, alternam dança, conversação e jogos. Cada um dos personagens se compromete a contar 10 histórias, sendo uma por dia.
O “Decameron” é, portanto, composto por 100 histórias que abrangem as mais peculiares paixões e comportamentos humanos.
O primeiro conto fala do falso “São Ciappelletto”.
Em vida, “Ciappelleto”, assim chamado o personagem da primeira novela, foi o pior homem conhecido naqueles tempos. Na hora de sua morte ele fez uma falsa confissão enganando um santo frade que intercedeu por ele diante de Deus e perdoou suas faltas. Pensando que ele fosse um santo, os frades começaram a falar dele para o povo que passou a considerá-lo “São Ciappelleto”, o milagreiro.
A morte é colocada como transformação no sentido espiritual, estabelecendo a dicotomia: corpo e alma. Enquanto vivo, Ciappelletto era mau, cruel, desonesto. Ao morrer, recebendo as orações dos frades a sua alma não se perde e ele ainda se transforma em santo.
Boccaccio, dessa forma critica a Igreja enquanto instituição. Não duvida da fé em si, mas das superstições, dos falsos milagres e ídolos. A trapaça e a esperteza estão bem definidas em toda a narrativa como característica inerente a quase todos os homens. A sorte, o destino, dá um tom irônico e cômico a essa e outras novelas.
Agradecimentos especiais ao Conservatório Municipal pelo empréstimo do espaço físico e dos instrumentos musicais utilizados nos ensaios iniciais e pelo apoio incondicional aos percussionistas que executam a trilha sonora do espetáculo.
Agradecimentos aos patrocinadores que facilitaram o trabalho do NAC e permitiram o fortalecimento do pensamento reflexivo e a sensibilidade artística dos alunos do ensino médio de Patos de Minas:
UNIPAM, Colégio Equipe, CDT Celular, BN Ferros, Ecosolar, Sacolão Center (Av Brasil), Gráfica Argos, A Ortopédica e Bebidas Artemis.
Cenografia: Marcos Nepomuceno Luiz
Direção Musical: Alcino Dias (Castor)
Direção Geral: Consuelo Nepomuceno
Atores: Débora Tavares, Vivian Cristina, Karla Cristina, Arthur Camargos, Pedro Henrique Nepomuceno, Raquel Brandão e Bianca Moreira.