Veja os principais pontos da entrevista com Ana Carolina sobre a situação da saúde na cidade

A secretária de Saúde de Patos de Minas, Ana Carolina Magalhães Caixeta, foi a convidada do programa Contraponto na quarta-feira (10). Entre outros temas, a secretária falou sobre a situação da Covid-19 na cidade, explicou a ampliação dos leitos no Hospital de Campanha e comentou o andamento da vacinação no município, além de tirar dúvidas da população sobre a postura da Prefeitura no combate à doença.

Ana Carolina assumiu a Secretaria Municipal de Saúde em janeiro de 2021, junto ao início da gestão do prefeito Luís Eduardo Falcão. Naquele momento, a pandemia de Covid-19 voltava a preocupar mais as autoridades municipais, com um aumento no número de casos após as eleições e as festas de fim de ano.

“Eu sabia que o desafio seria grande, ponderei todas essas coisas, mas eu carrego comigo o sentimento de poder fazer mais, melhor. Acredito muito na assistência humanizada ao paciente, então a oportunidade de fazer isso do lado da gestão, de proporcionar aos pacientes uma melhor qualidade de atendimento é muito boa. Mas acho que nem como ser humano, nem como secretária, esperava viver uma situação como essa”, relatou.

Na entrevista, a secretária comentou sobre a realidade dos profissionais de saúde. Segundo ela, há um grande desgaste entre médicos e enfermeiros depois de quase um ano de trabalho na linha de frente. Para aumentar a quantidade de mão-de-obra, a Secretaria de Saúde realizou o chamamento de 59 técnicos de enfermagem. Além disso, médicos também têm sido convocados para atuar nas unidades de saúde.

Ana Carolina também falou sobre o áudio vazado do prefeito Luís Eduardo Falcão, no qual o político afirma que os casos de Covid-19 em Patos de Minas têm diminuído, mas que, mesmo com a abertura de 100 leitos, a estrutura ainda não seria suficiente. A secretária confirmou a queda de casos, mas explicou que o sistema hospitalar segue sobrecarregado mesmo com essa redução.

“Patos está com uma queda sensível no número de casos, mas nossos leitos estão à disposição do SUS Fácil e tem que receber pacientes da região como um todo”, afirmou a convidada, que disse também que a diminuição na lotação dos hospitais só é sentida cerca de 30 dias após a queda na curva de novos registros.

Ainda de acordo com a secretária, serão criados 10 novos leitos de UTI no Hospital de Campanha nos próximos dias, a partir da estrutura de leitos intermediários que já estavam em funcionamento no local. Além disso, a previsão é expandir a quantidade de leitos clínicos para 35. Ela também frisou que não há a possibilidade de falta de oxigênio nos hospitais, mas que não é o momento de a população se descuidar.

‘Não é o momento de relaxar, de forma alguma. Porque agora, nós estabilizamos e começamos a queda. O nosso número máximo de sensibilidade de casos diários pode chegar ao máximo a 70, para a gente ter quantidade de leitos suficientes”, explicou. Até o momento, a média de casos diários registrados em Patos de Minas tem girado entre 100 e 110.
Outro ponto levantado pela secretária foi a situação do Hospital São Lucas, que foi cedido à Prefeitura, mas acabou descartado no processo de criação de novos leitos na cidade.

A secretária também comentou sobre a possibilidade de transformar a estrutura do Hospital de Campanha no Hospital Municipal.

Vacinação

Em sua participação no Contraponto, a secretária também traçou um panorama do andamento da vacinação em Patos de Minas. Segundo ela, a expectativa é que a imunização das pessoas acima de 80 anos seja concluída entre o final desta semana e o início da próxima. Depois, o foco passará a ser os idosos com idade entre 75 e 80 anos.

“Fizemos um levantamento, e ainda faltam 4500 pessoas acima dos 75 anos para serem vacinadas. Nós estamos com remessas de vacinas chegando em Belo Horizonte, e acredito que até sexta-feira receberemos mais”, afirmou.

Perguntada por um internauta, Ana Carolina também explicou que não é possível divulgar a lista com o nome das pessoas que receberam as doses, por questões de sigilo de dados. Ela também explicou quais serão as próximas etapas da vacinação. Primeiro, receberão as doses as pessoas com idade acima de 75 anos. Depois, os idosos com até 60 anos serão imunizados, seguidos pelas pessoas com doenças crônicas. Por fim, depois desses grupos prioritários, o restante da população receberá a vacina.

“Nossa média de vacinação está acima do índice do estado, porque assim que as vacinas chegam, já estamos montando o esquema junto com as universidades. A logística já está toda programada”, acrescentou a secretária.