Na mira da CPI, hidroxicloroquina é fornecida para pacientes com Covid-19, mas restrita àqueles indicados na bula

A denúncia partiu de uma paciente com lúpus que teve negado o fornecimento da hidroxicloroquina na Farmacinha Municipal.

A Prefeitura Municipal de Patos de Minas confirmou nesta quarta-feira (05) que o Governo Federal disponibilizou o medicamento hidroxicloroquina para tratar pacientes com Covid-19 na cidade. O uso do remédio não tem comprovação científica e é um dos pontos investigados pela Comissão Parlamentar de Inquérito-CPI- no Senado Federal. A intenção é apurar possíveis erros na condução do enfrentamento da pandemia que já provocou mais de 410 mil mortes por Covid-19 no Brasil.

A denúncia partiu de uma paciente com lúpus que teve negado o fornecimento da hidroxicloroquina na Farmacinha Municipal. O medicamento é realmente indicado para a lúpus, que é uma doença inflamatória de origem autoimune que causa variadas manifestações. O fato chamou a atenção porque o medicamento possui eficácia comprovada para lúpus e não para Covid-19, e deveria ser fornecido de maneira facilitada e prioritária para aqueles pacientes e não para estes.

De acordo com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Patos de Minas, a hidroxicloroquina não faz parte da lista de medicamentos fornecidos pela Farmácia Municipal. A quantidade de medicamento hoje disponível no setor foi repassada pelo Governo federal para uso exclusivo em pacientes com Covid-19, não podendo o remédio ser destinado para outras doenças.

A Assessoria informou que o fluxo normal de pacientes com doenças que têm a hidroxicloroquina como parte do tratamento é solicitá-la à Superintendência Regional de Saúde, para que o medicamento seja entregue pelo estado. E conclui dizendo que a Prefeitura de Patos de Minas reafirma o seu compromisso com a saúde e com o fornecimento de medicamentos que são de responsabilidade do Executivo municipal.

A bula da hidroxicloroquina prevê que o medicamento possui eficácia para lúpus, não trazendo qualquer menção à Covid-19. Outra situação é que a ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária- não aprovou o medicamento para tratamento da doença causada pelo coronavírus. Órgãos internacionais também já descartaram a eficácia do remédio no tratamento de pacientes acometidos pela Covid-19.

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