MP denuncia bacharel em direito que se passou por advogada e chamou atendente de guichê de “neguinho”
Ela teria chamado um atendente do guichê da rodoviária de “neguinho” e ainda se passado por advogada ao ser abordada pelos policiais.
O Ministério Público de Minas Gerais denunciou nessa quinta-feira (16) uma mulher de 33 anos acusada de injúria racial e exercício irregular da profissão em Patos de Minas. Ela teria chamado um atendente do guichê da rodoviária de “neguinho” e ainda se passado por advogada ao ser abordada pelos policiais.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 13 de janeiro de 2024, por volta das 22h10, no Terminal Rodoviário de Patos de Minas, a mulher, mediante utilização de elementos referentes à raça e cor, injuriou a vítima. Conforme apurado pela polícia, a vítima exercia a função de atendente no guichê do terminal rodoviário quando, durante o atendimento realizado pela vítima, a mulher se referiu à vítima como “neguinho”, bem como fez menção à cor dele, dizendo que “não tinha nada contra gente da cor dele”.
Em seguida, durante o procedimento de prisão em flagrante conduzido pelos policiais militares, a denunciada se identificava como advogada, com intuito de se favorecer de prerrogativas inerentes à profissão. Contudo, no interior da Delegacia, foi esclarecido que a denunciada era, na realidade, bacharel em direito.
Diante disso, ela foi denunciada por injúria racial com pena de reclusão, de 2 a 5 anos, e multa e por exercício irregular da profissão com pena de prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa. O MP também solicitou a fixação de valor mínimo a título de reparação dos danos morais e materiais causados pela infração.