Motorista se recusa a viajar em veículo sem freio e deixa pacientes sem tratamento

Um grupo de pessoas teve que voltar para casa porque o motorista da prefeitura se recusou a viajar em um veículo sem freios.


A denúncia foi feita pela dona de casa, Franciele Silva. O atendimento era para a filha Maria Luiza que nasceu com problemas cardiológicos.
Além de não oferecer tratamento adequado aos pacientes, a Prefeitura de Patos de Minas também não está conseguindo disponibilizar veículos para transportar os doentes para receber atendimento em outras cidades. Esta semana, um grupo de pessoas teve que voltar para casa de madrugada porque o motorista da prefeitura se recusou, acertadamente, a viajar em um veículo sem freio e sem cinto de segurança.

A denúncia foi feita pela dona de casa, Franciele Silva. Ela se revoltou ao perder a consulta com o otorrino que aguardava há cerca de um ano. O atendimento era para a filha Maria Luiza que nasceu com problemas cardiológicos e que precisa passar pelas mãos de um pneumologista e de um otorrino antes de ser levada para a mesa da cirurgia. A menina vai receber uma válvula no coração e o procedimento já está marcado.

A consulta estava agendada para o início da tarde dessa terça-feira (27). A saída da viagem estava marcada para as 3h da manhã de frente à UPA. Cerca de 15 passageiros estavam no local aguardando, quando o motorista chegou com a van e disse que não poderia fazer a viagem. O veículo da Prefeitura não tinha freio e nem cinto de segurança.

Preocupado com a situação dos pacientes, o motorista ainda levou todos até o pátio da Prefeitura na tentativa de encontrar outro carro em condições de viagem, mas segundo Franciele todos apresentavam algum tipo de defeito. “Teve veículo que nem ligou”, disse Franciele. Desta forma, os pacientes tiveram que voltar para casa sem atendimento.

Revoltada, Franciele decidiu reclamar. Ela disse que esta não foi a primeira vez que isso aconteceu. Além de perder viagem, a dona de casa e a filha também já viajaram em veículo danificado. “Teve um dia que nós viemos de Uberlândia até aqui com a porta traseira aberta”, reclamou Franciele. Ela teme que a filha perca a cirurgia por falta de acompanhamento.

A assessoria de comunicação da Prefeitura informou que o veículo estragou em outra viagem que tinha acabado de fazer. Com relação aos demais veículos, segundo a Prefeitura eles não puderam deixar o pátio porque tinham outras viagens marcadas. A assessoria de comunicação também recomendou que Franciele leve a documentação até a Secretaria de Saúde para que seja agendada uma nova consulta sem precisar ir para o fim da fila.

Autor: Maurício Rocha

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