Milhares marcham em Bagdá em luto por Soleimani, novo ataque aéreo dos EUA deixa mais vítimas

Importante comandante da Guarda Revolucionária do Irã, disse que Teerã punirá os americanos

Dezenas de milhares de pessoas marcharam em Bagdá neste sábado, em luto pelo chefe do exército iraniano Qassem Soleimani e o líder de milícia iraquiano Abu Mahdi al-Muhandis, mortos em um ataque aéreo dos EUA que aumentou o espectro de um conflito mais amplo do Oriente Médio.

Ao ordenar o ataque contra o comandante das legiões estrangeiras da Guarda Revolucionária Iraniana, o presidente Donald Trump levou Washington e seus aliados, especialmente Arábia Saudita e Israel, a um território desconhecido em seu confronto contra o Irã e as milícias que apoia na região.

Gholamali Abuhamzeh, importante comandante da Guarda Revolucionária do Irã, disse que Teerã punirá os americanos “onde estiverem ao alcance” e citou a possibilidade de ataques a navios no Golfo.

A embaixada dos EUA em Bagdá pediu que cidadãos americanos deixem o Iraque, após o ataque que matou Soleimani. Dúzias de funcionários americanos de empresas de petróleo deixaram a cidade de Bosra, no sul do país, na sexta-feira.

O Reino Unido, aliado próximo dos EUA, alertou seus cidadãos para evitarem qualquer viagem ao Iraque, com exceção da região autônoma do Curdistão, e que viajem ao Irã apenas se essencial.

Os EUA e seus aliados suspenderam o treinamento de forças iraquianas devido à ameaça cada vez maior, disse o exército alemão, em uma carta vista pela Reuters, no fim da sexta-feira.

General de 62 anos, Soleimani era o principal comandante militar de Teerã e, como chefe das Forças da Guarda Revolucionária, arquiteto da crescente influência do Irã no Oriente Médio.

Muhandis era o vice-comandante das Forças de Mobilização Popular (PMF) do Iraque, órgão com grupos paramilitares sob seu comando.

Uma marcha carregando os corpos de Soleimani, Muhandis e outros iraquianos mortos no ataque americano foi realizada na Zona Verde de Bagdá.

As pessoas em luto incluíram membros da milícia em uniforme para quem Muhandis e Soleimani eram heróis. Eles carregaram retratos de ambos, colocaram-nos nas paredes e em veículos blindados, e gritaram “Morte à América” e “Israel, não, não”.

O primeiro-ministro Adel Abdul Mahdi e comandante de milícias iraquianas Hadi al-Amiri, aliado próximo do Irã e principal candidato a suceder Muhandis, compareceram.

Na sexta, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu retaliação e disse que a morte de Soleimani aumentará a resistência da República Islâmica aos EUA e Israel.

Abuhamzeh, comandante da Guarda Revolucionária na província de Kerman, mencionou uma série de possíveis alvos para represálias, incluindo a hidrovia do Golfo pela qual por volta de um terço do petróleo transportado por navios do mundo é exportado para mercados globais.

Fonte: Reuters

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