Manifestantes protestam na BR 365 em Patos de Minas, mas não há bloqueio de trânsito
Eles usam pneus para interromper o tráfego na rodovia, a mais movimentada e importante da região.
Manifestantes se concentram na BR 365 em Patos de Minas.
Eles usam pneus e alguns veículos para interromper o tráfego, mas a rodovia não
foi totalmente fechada. Um pouco antes, empresários do setor de combustíveis
haviam descartado o risco de desabastecimento, uma vez que os caminhões tinham
sido abastecidos e já estavam voltando.
A paralisação dos caminhoneiros começou na quarta-feira e
teve concentração em diversas rodovias do pais. O presidente Jair Bolsonaro
encaminhou áudio por WhatsApp pedindo aos motoristas para liberarem as
rodovias. Em boletim divulgado às 14h30 dessa quinta-feira, o Ministério da
Infraestrutura informou que todas as rodovias tinham sido liberadas.
Segundo a pasta, ainda havia pontos de concentração em rodovias federais de 13 estados, mas sem interdição de pista. A manifestação na BR 365 em Patos de Minas foi instalado após este horário, por volta das 16h00. Na região de Patos de Minas, a Polícia Rodoviária Federal ainda não havia registrado pontos de bloqueio em rodovias. A BR 365 é a mais importante via de acesso, uma vez que liga o Triângulo Mineiro ao Nordeste do país e tem movimentação intensa.
Segundo um dos organizadores da manifestação, Vicente Caetano, conhecido como Vicente Magrão, a intenção é prestar solidariedade aos demais caminhoneiros que estão em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Eles não vão permanecer durante a noite e nem tem a intenção de interditar a rodovia. "Cerca de 20 caminhoneiros autônomos nos reunimos e decidimos fazer o manifesto", disse. O Patos Hoje tentou conversar com o Inspetor Daniel da PRF, mas ele preferiu não gravar entrevista.
O Patos Hoje presenciou a negociação da Polícia Rodoviária Federal com os organizadores e a orientação foi de que não era para barrar os motoristas que quisessem passar. No início, alguns caminhões chegaram a ser barrados no local e os motoristas pediram a nossa interseção para que pudessem passar. "Nós estamos no trecho, cansados, não concordamos com bloqueio. Precisamos seguir viagem", disse dois deles.