Manifestações do Caso Madalena dão origem a movimento contra o racismo e o preconceito
O chamado “Coletivo MADA” publicou uma carta nesta quinta-feira (07) com os princípios do movimento.
As manifestações com pedido de Justiça para Madalena Gordiano não serão em vão. Os dois protestos realizados na cidade nos últimos dias deram origem a um movimento de combate ao racismo e ao preconceito em Patos de Minas. O chamado “Coletivo MADA” publicou uma carta nesta quinta-feira (07) com os princípios do movimento.
Por meio de plataforma virtual, os integrantes do movimento vêm se reunindo em grupos de estudos para definir as ações que serão realizadas. Segundo Élida Abreu, coordenadora municipal do Movimento Negro Unificado (MNU), a intenção é envolver toda a comunidade, com representantes de cada bairro fazendo parte do Coletivo MADA.
“Somos artistas, estudantes, profissionais liberais, assalariados, autônomos, desempregados e todos aqueles que não se sentem representados e respeitados de alguma forma pela sociedade.
Certos da existência de comportamentos preconceituosos, racistas, machistas, homofóbicos e de intolerância religiosa em nosso meio, decidimos unir forças e lutar pela defesa dos invisibilizados pelo sistema político patriarcal e por parte da sociedade civil Patense.
Lutaremos em todos os aspectos políticos, econômicos, socioculturais, educacionais e de formações, a fim de desconstruir uma mentalidade cruel e retrógrada que tem imperado desde os primórdios da história do município.
Nossa luta consiste na missão de conquistar espaços, dar voz e vez para esta parcela da sociedade intencionalmente esquecida pela reprodução do RACISMO E PRECONCEITO ESTRUTURAIS estabelecido no país, resquícios de uma era colonialista e escravocrata”, diz a carta publicada nesta quinta-feira.
Élida Abreu reafirma que a intenção é dar “liberdade” para esses setores invisibilizados através de formações, através de conhecimentos e de ocupar os espaços em todos os setores da sociedade. As pessoas interessadas em participar do movimento devem entrar em contato com Rogério Vaz pelo telefone (34) 99945 3213.