Mandar embora vai reduzir a população em situação de rua? Ações da Prefeitura vão além

Embora a Prefeitura desenvolva diversas ações para garantir acolhimento, assistência social e atendimento em saúde, os números mostram que medidas pontuais não são suficientes diante de um problema tão complexo.

Resolver a situação da população em situação de rua é um desafio enfrentado por gestores no Brasil e no mundo — e em Patos de Minas não é diferente. Embora a Prefeitura desenvolva diversas ações para garantir acolhimento, assistência social e atendimento em saúde, os números mostram que medidas pontuais não são suficientes diante de um problema tão complexo.

De janeiro a outubro de 2025, por exemplo, o município emitiu 1.713 passagens para que pessoas em situação de rua pudessem retornar às suas cidades de origem. O investimento chegou a quase R$ 60 mil apenas com bilhetes, sem contar despesas com acolhimento, alimentação e outros insumos. Ainda assim, a presença de quase 120 pessoas vivendo nas ruas reforça que a saída não depende apenas do retorno assistido.

O trabalho de acolhimento começa pelo Abrigo Novo Tempo, que oferece pernoite, refeições, higiene e apoio psicossocial. O local funciona como porta de entrada para quem aceita ajuda, mas exige condições mínimas de estabilidade física e mental, além da ausência de uso de álcool ou drogas no momento do acolhimento — o que leva muitos casos para encaminhamentos específicos na área da saúde.

Nas ruas, diariamente, equipes do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS) percorrem praças e avenidas da cidade para oferecer escuta, orientação e encaminhamento. Só no último ano, mais de 2.700 atendimentos foram feitos por profissionais que tentam estabelecer vínculos e convencer as pessoas a aceitarem ajuda.

A rede de apoio ganhou reforço com o Consultório na Rua, que leva atendimento em saúde diretamente até essa população. A equipe multiprofissional realiza curativos, testes rápidos, aferições, acolhimento psicológico e encaminhamentos para a rede do SUS, incluindo saúde mental e tratamento de dependência química.

Segundo a Prefeitura, as abordagens são realizadas diariamente em pontos estratégicos da cidade. O objetivo é identificar necessidades, garantir direitos e encaminhar as pessoas para os serviços adequados. Durante o atendimento, as equipes oferecem alimentação, banho, escuta e encaminhamento para serviços de saúde, além de apoio para emissão de documentos e inscrição no Cadastro Único. Essas ações seguem os parâmetros do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

Além das abordagens nas ruas, a Prefeitura mantém um ponto fixo de atendimento no Terminal Rodoviário, onde é feito o acolhimento e o encaminhamento de cada caso. “Nosso trabalho é técnico e contínuo. Buscamos soluções para cada situação com responsabilidade e dentro do que a política pública prevê”, explica a secretária de Desenvolvimento Social, Elisângela Fernandes.

As ações atuais garantem dignidade, proteção e atendimento básico e tem apresentado resultados importantes, mas a permanência de tantas pessoas nas ruas aponta para a necessidade de políticas ainda mais amplas e estruturadas. Mesmo com todo esse aparato — que envolve assistência social, saúde e alto investimento público —, o número de pessoas vivendo nas ruas não diminui na mesma proporção.

Últimas Notícias

Polícia Militar lança “Operação Filhos de Minas” para reforçar segurança do comércio em Patos de Minas

Veja mais

Homem é preso em flagrante após arrombar padrão de energia e tentar cortar fiação com faca

Veja mais

Defesa Civil emite alerta para tempestades e grandes volumes de chuva em Patos de Minas

Veja mais

Homem que matou desafeto na frente da filha é condenado a mais de 11 anos em Patos de Minas

Veja mais

Servidores da Prefeitura podem ter final de ano dos sonhos com 13º e “Rateio”; veja detalhes

Veja mais

Polícia Militar encontra revolver carregado e diversas munições e prende morador em Patos de Minas

Veja mais