Jovem que matou após brincadeira é condenado a 12 anos de prisão
Na época, o crime chamou a atenção pelo motivo banal.
Foi levado a julgamento nessa quinta-feira (27) no Tribunal do Juri da Comarca de Patos de Minas, o acusado de matar um jovem de 22 anos em agosto de 2010. A contenda entre a vítima e o acusado começou em um bar existente no cruzamento da rua Dona Luiza com a Prefeito Camundinho e terminou em outro bar na rua Santa Catarina, no bairro Santa Terezinha. Na época, o crime chamou a atenção pelo motivo banal.
Uma brincadeira na mesa do bar pode ter motivado o assassinato. Guilherme José de Souza, de 21 anos, apontado como o autor do homicídio, estava sentado na mesa de um bar com uma garota e outro colega. Eles tomavam refrigerante e ela pediu uma cerveja e questionou se não havia homem na mesa para acompanhá-la na bebida. Wellington Inácio Caixeta, que estava na mesa ao lado, então brincou “se aí não tem homem aqui tem” e convidou a moça para sua mesa.
Guilherme, que gostava da garota, ficou revoltado e saiu em busca de uma arma. De acordo o Ministério Público, ele apontou um revólver para a cabeça de Wellington e disparou, mas a arma falhou. Todos correram e Wellington decidiu passar em outro bar na rua Santa Catarina. Nesse instante, surgiram dois homens em uma motocicleta e abriram fogo. Ele foi atingido três vezes e morreu a caminho do hospital.
Guilherme foi preso pouco depois. Ele recebeu uma ligação da garota que estava no bar com a proposta de que os dois fugissem da cidade. Ela marcou de encontrá-lo em um posto de combustível. Era uma armadilha. Policiais militares estavam lá, aguardando a chegada do acusado para prendê-lo ainda em flagrante.
Guilherme nega que tenha matado Wellington. Ele disse que depois da brincadeira no primeiro bar foi embora para a casa da garota que estava no bar e não mais voltou a encontrar o desafeto. O promotor de justiça, no entanto, tem certeza de que foi ele quem efetuou os disparos. Paulo César de Freitas pediu a condenação do réu por homicídio qualificado.
Após horas de debate entre acusação e defesa, os jurados entenderam que foi realmente Guilherme o autor do homicídio. Ele foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado.
Autor: Maurício Rocha