Jovem internada no Regional confessa ter enterrado feto após aborto que pode ter sido criminoso
Um depósito de R$50 mil na conta dela também intriga os policiais.
Uma jovem de 29 anos pode ter provocado um aborto criminoso na zona rural de Lagoa Formosa. Ela confessou que enterrou o feto nas proximidades de onde mora, mas negou o crime. No entanto, pelo estado de saúde dela, os médicos acreditam que ela tenha tirado a criança dolosamente. Um depósito de R$50 mil na conta dela também intriga os policiais.
O caso veio à tona nesta sexta-feira (16), mas o aborto teria acontecido mesmo no dia 31 de agosto. De acordo com o Cabo Héverton, a jovem Mônica Meire de Oliveira contou que sofreu um sangramento vaginal quando estava em casa e, como mora na zona rural, acabou abortando ali mesmo, com a ajuda da mãe, sem procurar um hospital.
A criança foi enterrada nas proximidades de casa e ela só procurou o hospital à noite, porque seria mãe de outras três crianças e não havia como se deslocar à cidade. Segundo o policial, outra situação que chamou a atenção foi que a mãe da jovem relatou que, quando puxou a criança, na hora do aborto, o cordão umbilical se partiu, o que geralmente não acontece.
No dia que ela foi ao hospital, o médico de plantão já suspeitou que ela teria induzido o aborto. O médico relatou que iria acionar as autoridades, mas Mônica acabou fugindo do hospital. Como a situação ficou ainda pior, a jovem teve que procurar atendimento médico outra vez, quando foram acionados o Conselho Tutelar e a Polícia Militar.
Os policiais fizeram outros levantamentos e descobriram que ela faz programa sexual e que , em sua conta bancária, havia um depósito recente de R$50 mil. Os policiais também descobriram que ela tem relacionamento com uma pessoa de Patos de Minas que poderia ser o pai da criança, no entanto ela negou toda esta suspeita.
Segundo o militar, em conversa com os policiais, de forma bastante contraditória, Mônica disse que estava grávida de cerca de 2 meses e ao mesmo tempo falou também que não sabia que estava esperando um filho. Ela disse para os policiais que, pelas atividades que exerce, não sabe quem é o pai da criança.
A Polícia Militar foi até a comunidade de Lageado do Buracão e está à procura do feto. A Perícia Técnica da Polícia Civil também foi acionada para verificar a situação. A ocorrência será registrada e repassada para a Polícia Civil que tomará as demais providências. Se comprovado o crime de aborto, Mônica pode ir a Júri Popular.